Reações adversas tecnoplatin

TECNOPLATIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TECNOPLATIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TECNOPLATIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Insuficiência renal: está relacionada com a concentração de platina no ultrafiltrado glomerular de maneira dose-relacionada. A insuficiência renal geralmente instala-se durante a segunda semana de tratamento e pode ser irreversível quando forem administradas altas doses ou tratamentos repetidos. Este quadro também pode estar associado a hipovolemia às vezes comuns nestes pacientes e à má hidratação. O manitol diminui o risco de lesão renal aguda, pela indução da diurese osmótica. A toxicidade cumulativa da CDDP não pode ser prevista, mas está relacionada com o número de ciclos de tratamento e à quantidade de droga administrada; muitos pacientes com cursos múltiplos de CDDP apresentam uma redução significativa de 30 a 60% do clearance de creatinina.

Distúrbios eletrolíticos: hipomagnesemia, hipocalcemia, hipopotassemia e hipofosfatemia têm sido relatadas e parecem ser devidas às lesões tubulares, agudas ou crônicas.

Neurotoxicidade: é observada em todos os pacientes em grau subclínico após cursos repetidos, tornando-se significativa nos regimes em altas doses.

Ototoxicidade: está relacionada com lesão neuronal no órgão de Corti, ocorrendo com mais frequência nos pacientes idosos e com lesões auditivas prévias. Manifesta- se por zumbidos e perda da audição para as faixas de alta-frequência (4000-8000 Hz), podendo ser uni ou bilateral. É geralmente irreversível.

Hematológicas: esquemas intermitentes têm apresentado alguma toxicidade sobre os leucócitos e plaquetas (graus WHO) ao redor dos 14 dias, mas de grau leve e reversível. As doses cumulativas influenciam o desenvolvimento de anemia, devida provavelmente a um mecanismo de envenenamento enzimático por metal pesado.

Náuseas e vômitos: ocorrem em quase todos os pacientes.

Outras: alergia, anemia hemolítica, exantema cutâneo, hiper-uricemia, convulsões e distúrbios cardíacos têm sido referidas com o uso da cisplatina. Reações do tipo anafiláticas caracterizadas por edema facial, broncoconstrição, taquicardia e hipotensão podem ocorrer dentro de minutos após a administração e devem ser tratadas com epinefrina intravenosa e corticóide ou anti-histamínicos.

Carcinogenicidade: os processos malignos secundários são possivelmente efeitos retardados de muitos antineoplásicos, embora ainda não esteja claro se este efeito está relacionado com a ação mutagênica ou imunossupressora. Também não se conhece o efeito da dose e da duração do tratamento, embora pareça aumentar o risco com o tratamento a longo prazo. Embora as informações ainda sejam escassas, os dados disponíveis parecem indicar que os riscos de carcinogenicidade são maiores com os agentes alquilantes.

Mutagenicidade: a cisplatina é mutagênica em bactérias e se tem demonstrado que produz alterações cromossômicas em culturas de tecidos de célula de animais.

Teratogenicidade: a cisplatina tem se mostrado embriotóxica e teratogênica em animais. A cisplatina pode aumentar os valores séricos do ácido úrico, uréia e creatinina, devido à sua nefrotoxicidade. Pode também acarretar uma diminuição do clearance de creatinina e das concentrações séricas de cálcio, magnésio, fosfato e potássio. Pode acarretar ainda uma leucopenia e trombocitopenia.