Advertências zavesca

ZAVESCA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ZAVESCA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ZAVESCA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A eficácia e segurança de ZAVESCA* não foram especificamente avaliadas em pacientes com doença de Gaucher grave.
Aproximadamente 37 % dos pacientes em ensaios clínicos com doença de Gaucher tipo 1, e 58% dos pacientes em um ensaio clínico com doença de Niemann- Pick tipo C relataram tremor ou exacerbação de tremor existente com o tratamento. Na doença de Gaucher tipo 1 esses tremores foram descritos como um tremor fisiológico exagerado das mãos. O tremor, em geral, começou no primeiro mês, e em muitos casos resolvidos durante o tratamento depois de 1 a 3 meses. A redução da dose pode melhorar o tremor, geralmente dentro de alguns dias, mas a interrupção do tratamento pode às vezes ser necessária.
O acompanhamento regular do nível de vitamina B12 é recomendado por causa da alta prevalência de deficiência de vitamina B12 em pacientes com doença de Gaucher tipo 1.
Casos de neuropatia periférica têm sido relatados em pacientes tratados com Zavesca* com ou sem doenças concomitantes, como deficiência de vitamina B12 e gamopatia monoclonal. A neuropatia periférica parece ser mais comum em pacientes com doença de Gaucher tipo 1 (GD1) em comparação com a população em geral. Em um estudo de coorte com 103 pacientes com GD1 não tratados com Zavesca*, a prevalência de neuropatia periférica foi de 10,7% para polineuropatia e 1,9% para mononeuropatia. A prevalência de polineuropatia periférica na população em geral tem sido relatada entre 0,12% e 3,6 %. A relação causa-efeito entre ZAVESCA* e o desenvolvimento de neuropatia periférica não pôde ser estabelecida. Todos os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação nerológica basal e repetida. Os pacientes que desenvolverem sintomas como dormência e formigamento devem ser cuidadosamente re-avaliados quanto ao risco-benefício.
Eventos gastrointestinais, principalmente diarreia, têm sido observados em mais de 80 % dos pacientes, tanto no início do tratamento ou intermitentemente durante o tratamento (ver seção 4.8). O mecanismo é provavelmente a inibição das dissacaridases no trato gastrointestinal. A maioria dos casos é leve e espera-se que resolvam espontaneamente durante a terapia. Na prática clínica, observou- se que a diarreia responde a modificação da dieta (redução de ingestão de lactose e outros carboidratos), à administração de ZAVESCA* longe das refeições, e/ou a medicamente anti-diarreico tal como a loperamida. Em alguns pacientes, pode ser necessária uma redução temporária da dose. Pacientes com diarreia crônica ou outros eventos gastrintestinais persistentes que não respondem a estas intervenções, devem ser investigados de acordo com a prática clínica.
ZAVESCA* não foi avaliado em pacientes com história de doença gastrointestinal significativa, incluindo doença inflamatória intestinal.
Pacientes do sexo masculino devem utilizar métodos contraceptivos seguros durante o tratamento com Zavesca*. Estudos em ratos demonstraram que miglustate afeta negativamente os parâmetros da espermatogênese e do espermatozoide e reduz a fertilidade (ver seção 5.3). Até que mais informações estejam disponíveis, antes de tentarem conceber, os pacientes do sexo masculino devem cessar ZAVESCA* e utilizar métodos contraceptivos seguros por mais 3 meses.
Devido à experiência limitada, ZAVESCA* deve ser usado com precaução em pacientes com insuficiência renal ou hepática. Há uma relação estreita entre a função renal e a depuração do miglustate e a exposição de miglustate está significativamente aumentada em pacientes com insuficiência renal grave. No momento, não existe experiência clínica suficiente nestes pacientes para fornecer recomendações de posologia. A utilização de Zavesca* em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2) não é recomendada.

Doença de Gaucher tipo 1
O acompanhamento regular do nível de vitamina B12 é recomendado por causa da alta prevalência de deficiência de vitamina B12 em pacientes com doença de Gaucher tipo 1.
Casos de neuropatia periférica tem sido relatados em pacientes tratados com Zavesca*, com ou sem doenças concomitantes, tais como deficiência de vitamina B12 e gamopatia monoclonal. A neuropatia periférica parece ser mais comum em pacientes com o doença de Gaucher tipo 1 em comparação com a população em geral. Todos os pacientes devem ser submetidos a avaliação neurológica basal e repetida.
De acordo com a prática clínica padrão na doença de Gaucher tipo 1, recomenda-se o controle da contagem de plaquetas dos pacientes. Ligeiras reduções no número de plaquetas, sem associação com sangramento foram observadas em pacientes com doença de Gaucher tipo 1 que foram transferidos da terapia de reposição enzimática (TRE) para Zavesca.

Doença de Niemann- Pick tipo C
O benefício do tratamento com Zavesca* para manifestações neurológicas em pacientes com doença de Niemann-Pick tipo C deve ser avaliado em intervalo regular, por exemplo, a cada 6 meses; a continuação da terapêutica deve ser reavaliada após, pelo menos, 1 ano de tratamento com Zavesca*.
A redução do crescimento tem sido relatada, em alguns pacientes pediátricos com doença de Niemann-Pick do tipo C na fase inicial do tratamento com miglustate onde a redução inicial no ganho de peso pode ser acompanhado ou seguido de ganho reduzido de altura. O crescimento deve ser monitorado em pacientes pediátricos e adolescentes durante o tratamento com Zavesca*, a relação benefício/risco deve ser reavaliada numa base individual para a continuação da terapia.
Reduções leves na contagem de plaquetas, sem associação com sangramento foram observadas em alguns pacientes com a doença de Niemann Pick-tipo C tratados com Zavesca*. Em pacientes incluídos no estudo clínico, 40% -50% dos pacientes apresentavam contagem de plaquetas abaixo do limite inferior do normal no início do estudo. O monitoramento da contagem de plaquetas é recomendado para estes pacientes.

Gravidez (categoria X) e lactação:
Mulheres grávidas: Não existem dados suficientes sobre a utilização de miglustate em mulheres grávidas. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva, incluindo distocia. O risco potencial para humanos é desconhecido. Miglustate atravessa a placenta e não deve ser utilizado durante a gravidez. Medidas contraceptivas devem ser usados por mulheres em idade fértil. Ver Contraindicações.

Mulheres amamentando: não se sabe se miglustate é excretado no leite materno. ZAVESCA* não deve ser usado durante a amamentação.
Pacientes do sexo masculino devem utilizar métodos contraceptivos seguros durante o tratamento com Zavesca* e até 3 meses após o término do tratamento.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos de Zavesca* sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas. No entanto, vertigem foi relatada como um evento adverso muito comum, e os pacientes que sofrem de tonturas não devem dirigir ou operar máquinas durante o tratamento com Zavesca*.

USO EM PACIENTES IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO.
Idosos: Não há experiência com o uso de Zavesca* em pacientes com mais de 70 anos de idade.

Uso em crianças (até 18 anos): A segurança e a eficácia do Zavesca* não foram avaliadas em pacientes com menos de 18 anos de idade para a indicação de pacientes com doença de Gaucher tipo I e em menos de 4 anos para a pacientes com doença de Niemann- Pick C.

Pacientes do sexo feminino: Ver CONTRAINDICAÇÕES, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES.
Pacientes com insuficiência renal: dados farmacocinéticos indicam aumento da exposição sistêmica ao miglustate em pacientes com insuficiência renal. Em pacientes com clearance da creatinina ajustada de 50-70 mL/min/1,73 m2, a administração deve começar com uma dose de 1 cápsula de 100 mg duas vezes ao dia. Em pacientes com clearance de creatinina ajustada de 30-50 mL/min/1,73 m2, a administração deve começar com uma dose de 1 cápsula de 100 mg ao dia. O uso em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2) não é recomendado (ver Propriedades Farmacocinéticas e Advertências).

Pacientes com insuficiência hepática: Miglustate não foi avaliado em pacientes com insuficiência hepática.