Advertências premarin creme vaginal

Premarin Creme Vaginal com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Premarin Creme Vaginal têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Premarin Creme Vaginal devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Pode ocorrer absorção sistêmica com o uso de Premarin® creme vaginal. Advertências e precauções associadas ao tratamento com Premarin® oral devem ser levadas em consideração (vide item 9. Reações Adversas).
Existe um risco adicional e/ou aumentado que pode ser associado ao uso da terapia com estrogênio e progestogênio em relação ao uso de estrogênio isolado. Incluem-se o aumento do risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar, câncer de mama invasivo e câncer de ovário.

Risco Cardiovascular
Tem-se relatado que a terapia de reposição estrogênica (TRE) aumenta o risco de acidente vascular cerebral e trombose venosa profunda (TVP).
As pacientes com fatores de risco para distúrbios tromboembólicos devem ser mantidas sob observação cuidadosa.
As pacientes que correm risco de desenvolver enxaqueca com aura podem estar sob risco de acidente vascular cerebral isquêmico e devem ser mantidas sob observação cuidadosa.

Acidente Vascular Cerebral
No subestudo com estrogênio isolado do WHI, relatou-se aumento estatisticamente significativo do risco de acidente vascular cerebral em mulheres de 50 a 79 anos de idade tratadas com estrogênio isolado (0,625 mg) em comparação às que receberam placebo (45 vs. 33 por 10.000 mulheres-ano). O aumento do risco foi observado no primeiro ano e se manteve.
Análises de subgrupos de mulheres de 50 a 59 anos de idade não sugerem risco aumentado de acidente vascular cerebral para aquelas mulheres que receberam estrogênio conjugado (0,625 mg) versus aquelas que receberam placebo (18 vs. 21 por 10.000 mulheres-ano).
A terapia com Premarin® creme vaginal deve ser descontinuada imediatamente no caso de ocorrência ou suspeita de acidente vascular cerebral (vide item 2. Resultados de Eficácia).

Tromboembolismo Venoso
No subestudo com estrogênio isolado do WHI, relatou-se aumento do risco de trombose venosa profunda (TVP) estatisticamente significativa (23 vs. 15 por 10.000 mulheres-ano). Relatou-se aumento do risco de embolia pulmonar (EP), embora não tenha atingido significância estatística. O aumento do risco de tromboembolismo venoso (TEV), TVP e EP foi demonstrado durante os primeiros dois anos (30 vs. 22 por 10.000 mulheres-ano).
A terapia com Premarin® creme vaginal deve ser descontinuada imediatamente no caso de ocorrência ou suspeita de TEV (vide item 2. Resultados de Eficácia).
Se houver anormalidades visuais, descontinuar Premarin® creme vaginal até que se realize uma investigação em caso de perda repentina da visão, parcial ou total, ou início repentino de proptose, diplopia ou enxaqueca. Se o exame revelar papiledema ou lesões vasculares da retina, a medicação deve ser descontinuada. Trombose vascular da retina foi relatada em pacientes recebendo estrógenos com ou sem progestinas.
Se possível, Premarin® creme vaginal deve ser descontinuado, no mínimo, quatro a seis semanas antes de cirurgia associada a aumento do risco de tromboembolismo ou durante períodos de imobilização prolongada.

Neoplasias Malignas
Câncer Endometrial
O uso de estrogênios isolados em mulheres não-histerectomizadas foi associado ao aumento do risco de câncer endometrial (vide Exacerbação de Outras Condições e item 2. Resultados de Eficácia).
O risco relatado de câncer endometrial entre as pacientes tratadas com estrogênio isolado é cerca de 2 a 12 vezes maior do que nas não-tratadas e, aparentemente, depende da duração do tratamento e da dose de estrogênio. O maior risco parece estar associado ao uso prolongado, com aumento do risco de 15 a 24 vezes para terapias de 5 a 10 anos ou mais, persistindo por, no mínimo, 8 a 15 anos após a descontinuação da terapia de reposição estrogênica. Demonstrou-se que o acréscimo de progestogênio à terapia com estrogênio na pós-menopausa reduz o risco de hiperplasia endometrial, que pode ser um precursor de câncer endometrial.
É importante que todas as mulheres que recebem estrogênio ou estrogênio/progestogênio associados sejam acompanhadas clinicamente. Medidas diagnósticas adequadas devem ser adotadas para excluir a presença de doença maligna em todos os casos de sangramento uterino anormal persistente ou recorrente não-diagnosticado.

Câncer de Mama
Estudos envolvendo o uso de estrogênio em mulheres na pós-menopausa relataram resultados inconsistentes quanto ao risco de câncer de mama. O estudo clínico randomizado mais importante que fornece informação sobre este assunto é do “Women´s Health Initiative” (WHI) (vide item 2. Resultados de Eficácia). No subestudo com estrogênio isolado do WHI, após um acompanhamento médio de 7,1 anos, não se associou o uso de estrogênios conjugados (0,625 mg/dia) ao aumento do risco de câncer de mama invasivo.
Alguns estudos observacionais relataram aumento no risco de câncer de mama após vários anos de uso de terapia com estrogênio isolado. O risco aumentou com a duração do uso e parece retornar à linha basal em aproximadamente 5 anos após a suspensão do tratamento (somente os estudos observacionais têm dados substanciais sobre o risco após a interrupção).
Relatou-se que o uso de estrogênio aumenta o número de mamografias anormais que requerem avaliação adicional.

Câncer de Ovário
Em alguns estudos epidemiológicos, o uso de estrogênios isolados foi associado a risco aumentado de câncer de ovário após múltiplos anos de uso. Outros estudos epidemiológicos não verificaram essas associações.

Demência
No braço com estrogênio isolado do “Women´s Health Initiative Memory Study” (WHIMS), um estudo complementar do WHI que incluiu mulheres na pós-menopausa de 65 a 79 anos de idade, relatou-se risco relativo (RR) para o desenvolvimento de demência provável para estrogênio conjugado isolado versus placebo de (vide item 2. Resultados de Eficácia).

Doença da Vesícula Biliar
Relatou-se aumento de 2 a 4 vezes o risco de doença da vesícula biliar com necessidade de cirurgia em mulheres tratadas com terapia de reposição estrogênica.

Imune
Angioedema
Os estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar sintomas de angioedema, particularmente em mulheres com angioedema hereditário.

Retenção de Líquido
Como estrogênios podem causar certo grau de retenção líquida, pacientes com condições que possam ser influenciadas por esse fator, como disfunção cardíaca ou renal, devem ser observadas cuidadosamente quando receberem estrogênios.

Hipertrigliceridemia
Deve-se ter cuidado com pacientes com hipertrigliceridemia preexistente, uma vez que casos raros de aumentos excessivos de triglicerídeos plasmáticos evoluindo para pancreatite foram relatados com terapia estrogênica nessa população.

Comprometimento da Função Hepática e Histórico de Icterícia Colestática
Deve-se ter cuidado com pacientes com histórico de icterícia colestática associada a uso anterior de estrogênios ou a gravidez e, no caso de recorrência, o medicamento deve ser descontinuado. Os estrogênios podem ser insuficientemente metabolizados em pacientes com comprometimento da função hepática.

Elevação da Pressão Arterial
Em um pequeno número de casos relatados, aumentos consideráveis da pressão arterial durante a terapia de reposição estrogênica foram atribuídos a reações idiossincráticas aos estrogênios. Em um estudo clínico amplo, randomizado, controlado por placebo não se observou efeito generalizado da terapia de reposição estrogênica sobre a pressão arterial.

Exacerbação de Outras Condições
A terapia de reposição estrogênica pode causar exacerbação da asma, epilepsia, enxaqueca com ou sem aura, diabetes mellitus com ou sem envolvimento vascular, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, hemangiomas hepáticos e deve ser utilizada com cuidado em mulheres com essas condições.
A endometriose pode ser exacerbada com a utilização da terapia estrogênica. Poucos casos de transformação maligna de implantes endometriais residuais foram relatados em mulheres tratadas pós- histerectomia com terapia de reposição estrogênica apenas. Para as mulheres com endometriose residual pós-histerectomia conhecida, a adição de progestogênio deve ser considerada.

Hipocalcemia
Os estrogênios devem ser utilizados com cuidado em indivíduos com doenças que podem predispor a hipocalcemia grave.

Hipotireoidismo
A administração de estrogênio leva ao aumento dos níveis de globulina ligadora de tiroxina (TBG). Pacientes em terapia de reposição de hormônio tireoidiano que recebem estrogênios, podem necessitar de doses maiores de hormônios tireoidianos. Essas mulheres devem ter a função tireoidiana monitorada para manter os níveis de hormônios tireoidianos livres em um nível aceitável (vide item 6. Interações Medicamentosas).

Monitorização Laboratorial
A administração de estrogênios deve ser orientada pela resposta clínica e não por níveis hormonais (por exemplo, estradiol, FSH).

Preservativo de látex
Premarin® creme vaginal mostrou diminuir a resistência de preservativos de látex. Deve-se considerar o potencial de Premarin® creme vaginal em diminuir a resistência e contribuir para a falha de preservativos masculino ou feminino, diafragma ou capuz cervical feitos de látex ou borracha.

Gravidez
Premarin® não deve ser utilizado durante a gravidez (vide item 4. Contraindicações).
Se ocorrer uma gravidez durante a medicação com Premarin® creme, vaginal o tratamento deve ser interrompido imediatamente.

Lactação
Premarin® não deve ser usado durante a lactação.
A administração de estrogênios a mulheres lactantes mostrou diminuir a quantidade e qualidade do leite materno. Identificaram-se quantidades detectáveis de estrogênios no leite de mulheres recebendo o medicamento. Deve-se ter cautela ao administrar estrogênios a lactantes.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas
Não foram realizados estudos sobre o efeito na capacidade de dirigir veículos ou utilizar máquinas.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO.

Pacientes Idosas
Não houve número suficiente de pacientes idosas envolvidas nos estudos clínicos que utilizam Premarin® creme vaginal para determinar se a resposta ao Premarin® creme vaginal daquelas acima de 65 anos de idade difere das mais novas.

Estudo “Women’s Health Initiative” (WHI)
No subestudo com estrogênio isolado do WHI (estrogênios conjugados [0,625 mg] diariamente versus placebo), houve um aumento no risco relativo de acidente vascular cerebral em mulheres acima de 65 anos de idade (vide item 2. Resultados de Eficácia).

Estudo “Women’s Health Initiative Memory Study” (WHIMS)
No estudo WHIMS com mulheres de 65 a 79 anos de idade na pós-menopausa, houve aumento no risco de desenvolvimento de demência provável em mulheres recebendo estrogênio isolado em comparação ao placebo. Não se sabe se esse achado se aplica a mulheres mais jovens na pós-menopausa (vide Demência e item 2. Resultados de Eficácia).

Uso Pediátrico
Premarin® creme vaginal não é indicado para crianças.