Advertências celsentri

CELSENTRI com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CELSENTRI têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CELSENTRI devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Celsentri* (maraviroque) deve ser administrado como parte do regime anti-retroviral combinado. Celsentri* deve ser combinado da forma mais otimizada possível com outros anti-retrovirais aos quais o vírus do paciente é sensível (vide Propriedades Farmacodinâmicas). Celsentri* deve ser utilizado apenas quando o vírus HIV-1 CCR-5 trópico é detectado (isto é, CXCR4-trópicos ou com tropismo duplo/misto não detectado) conforme determinado por um método de detecção validado e sensível (vide Indicações, Posologia e Propriedades Farmacodinâmicas). O tropismo viral não pode ser previsto pelo histórico de tratamento ou análise de amostras armazenadas. Alterações no tropismo viral ocorrem ao longo do tempo em pacientes infectados pelo HIV-1. Por esta razão, é necessário iniciar o tratamento logo após a obtenção do resultado do teste de tropismo. dose de Celsentri* quando este é administrado concomitantemente com inibidores e/ou indutores do CYP3A4, uma vez que as concentrações e seus efeitos terapêuticos podem ser afetados (vide Posologia e Interações Medicamentosas). Por favor, também verifique as bulas dos outros medicamentos anti-retrovirais utilizados em combinação. Informações para os Pacientes: Os pacientes devem ser informados que as terapias antiretrovirais, incluindo Celsentri*, não demonstraram prevenir o risco de transmissão do HIV para os outros através de contato sexual ou contaminação sangüínea. Eles devem continuar a usar as precauções apropriadas. Os pacientes também devem ser informados que Celsentri* não é uma cura para infecção por HIV-1. Eventos Cardiovasculares: Utilizar com cautela em pacientes com risco aumentado de eventos cardiovasculares. Onze pacientes (1,3%) que receberam Celsentri* apresentaram eventos cardiovasculares que podem estar relacionados a doenças cardíacas coronarianas incluindo isquemia miocárdica e/ou infarto durante os estudos de fase 3 em pacientes CCR5-trópicos [exposição total de 609 pacientes-ano (309 pacientes-ano duas vezes ao dia + 300 pacientes-ano uma vez ao dia), enquanto nenhum paciente que recebeu placebo apresentou tais eventos (exposição total de 111 pacientes-ano). Estes pacientes geralmente apresentavam doença cardíaca ou fatores de risco cardíaco antes da administração de Celsentri*, e a contribuição relativa de Celsentri* para esses eventos não é conhecida. Em estudos com voluntários sadios, a administração de Celsentri* em doses maiores que as doses recomendadas, foi observada hipotensão postural sintomática em uma freqüência maior do que com placebo. No entanto, quando Celsentri* foi administrado na dose recomendada em pacientes com HIV nos estudos de fase 3, a hipotensão postural foi observada em taxas similares às do grupo placebo (aproximadamente 0,5%). Deve-se ter cautela quando Celsentri* for administrado em pacientes com histórico de hipotensão postural ou concomitantemente a medicamentos conhecidos por reduzir a pressão sangüínea. Síndrome da Reconstituição Imunológica: Em pacientes infectados com HIV com deficiência imune grave no momento da instituição da terapia anti-retroviral altamente ativa (HAART), uma reação inflamatória a patógenos oportunistas latentes pode aparecer e causar condições clínicas graves ou agravamento dos sintomas previamente existentes. Tipicamente, tais reações foram observadas dentro das primeiras semanas ou meses após o início da HAART. Exemplos relevantes são retinite por citomegalovírus, infecções por micobactérias generalizadas e/ou focais e pneumonia causada por Pneumocystis jiroveci (conhecida antigamente como Pneumocystis carinii). Qualquer sintoma inflamatório deve ser avaliado e o tratamento deve ser iniciado quando necessário. Segurança Hepática: A segurança e eficácia de Celsentri* não foram especificamente estudadas em pacientes com distúrbios hepáticos de base significativos. Um caso de hepatotoxicidade possivelmente induzida por Celsentri* com quadro alérgico foi reportado em um estudo com voluntários sadios. Adicionalmente, aumento dos eventos adversos hepáticos com Celsentri* foi observado durante os estudos em pacientes com infecção por HIV experientes no tratamento, embora não tenha existido aumento nas anormalidades definidas como Grau 3/4 de ACTG nos testes de função hepática (vide Reações Adversas). Pacientes com disfunção hepática pré-existente, inclusive hepatite crônica ativa, podem apresentar um aumento na freqüência de anormalidades da função hepática durante o tratamento anti-retroviral combinado e devem ser monitorados de acordo com a prática padrão. A descontinuação de Celsentri* deve ser considerada em pacientes com sinais ou sintomas de hepatite aguda, em particular se houver suspeita de estar relacionada com hipersensibilidade a medicamentos ou com aumento nas transaminases hepáticas combinado com rash ou outros sintomas sistêmicos de potencial hipersensibilidade (p. ex. rash com prurido, eosinofilia ou IgE elevado). Uma vez que existem poucos dados em pacientes co-infectados com hepatite B/C, deve-se ter cautela ao prescrever e monitorar o tratamento com Celsentri*. Nos casos de terapia antiviral concomitante para hepatite B e/ou C, verifique também a bula destes medicamentos. Existe experiência limitada em pacientes com função hepática reduzida, portanto, Celsentri* deve ser utilizado com cautela nesta população (vide Posologia e Propriedades Farmacocinéticas). Insuficiência Renal: A segurança e eficácia de maraviroque não foram especificamente estudadas em pacientes com insuficiência renal, portanto maraviroque deve ser usado com cautela nesta população. Na ausência de inibidores metabólicos, o clearance renal é responsável por aproximadamente 23% do clearance total do maraviroque e por esta razão não se espera que a insuficiência renal possa alterar a exposição ao maraviroque. Entretanto, na presença de inibidores metabólicos, o clearance renal pode ser responsável por até 70% do clearance total de maraviroque, e por esta razão a insuficiência renal pode resultar em aumento da exposição de maraviroque nestes casos. Portanto, Celsentri* deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência renal (Crcl < 80 mL/min) que também estejam utilizando inibidores potentes do CYP3A4. A tabela 8 (do item Posologia) fornece um guia para ajuste do intervalo de dose baseado em simulações de insuficiência renal progressiva em pacientes recebendo inibidores potentes da CYP3A4. A segurança e eficácia destes ajustes de intervalos de dose devem ser cuidadosamente monitorados nestes pacientes (vide Posologia e Propriedades Farmacocinéticas). Risco Potencial de Infecção: Celsentri* antagoniza o co-receptor CCR5 localizado em algumas células do sistema imunológico, e por este motivo pode aumentar potencialmente o risco de desenvolver infecções. A incidência geral e gravidade da infecção, bem como das infecções categoria C definidoras de AIDS, foi comparável nos grupos de tratamento durante os estudos de fase 3 de Celsentri*. Embora houvesse uma taxa mais alta de certas infecções do trato respiratório superior relatado no braço Celsentri* comparada ao placebo (20.0% versus 11.5%), a taxa de pneumonia foi mais baixa (2.1 % vs 4.8%) em pacientes recebendo Celsentri*. Incidência mais alta de infecções por Herpes vírus (11.4 por 100 pacientes-ano) também foi relatada no braço do Celsentri* quando ajustada para exposição comparada ao placebo (8.2 por 100 pacientes-ano). Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto ao aparecimento de infecções quando estiverem recebendo Celsentri*. Risco Potencial de Malignidade: Por enquanto nenhum aumento na incidência de malignidades foi observado com Celsentri*. Dado o mecanismo de ação do medicamento, a vigilância imunológica pode ser afetada e provocar um aumento do risco da malignidade. Seguimento de longo prazo é necessário para que este risco seja melhor avaliado.