Advertências genotropin

GENOTROPIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de GENOTROPIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com GENOTROPIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Geral O diagnóstico e o tratamento com Genotropin® (somatropina) deve ser realizado somente por médicos experientes no diagnóstico e controle de pacientes com deficiência do hormônio de crescimento. A miosite é um evento adverso muito raro que pode estar relacionado ao conservante metacresol. Em caso de mialgia ou dor desproporcional àquela inerente à aplicação no local da injeção, deve-se considerar miosite e, se confirmada, utilizar um outro hormônio de crescimento (somatropina) sem metacresol. A somatropina pode induzir a um estado de resistência à insulina e hiperglicemia em alguns pacientes. Portanto, os pacientes devem ser observados quanto à intolerância à glicose. Em casos raros, a terapia com a somatropina pode produzir intolerância à glicose suficiente para preencher os critérios diagnósticos de diabetes mellitus tipo 2. Obesidade (incluindo pacientes obesos com síndrome de Prader-Willi), história familiar de diabetes, tratamento com esteróides ou distúrbio prévio de intolerância à glicose estavam presentes na maioria desses casos. Nos pacientes com diabetes mellitus, pode ser necessário ajuste de dose da terapia hipoglicemiante ao se iniciar a terapia com Genotropin®. Durante o tratamento com somatropina, foi observada conversão aumentada de T4 para T3, o que pode resultar na redução da concentração sérica de T4 e no aumento da concentração sérica de T3. Geralmente, os níveis de hormônios tireoidianos periféricos se mantêm dentro dos valores normais de referência para indivíduos saudáveis durante o tratamento com somatropina. Os efeitos da somatropina nesses níveis hormonais podem ser de relevância clínica em pacientes com hipotireoidismo central subclínico, nos quais o hipotireoidismo pode, teoricamente, se desenvolver. Inversamente, pode ocorrer hipertireoidismo leve em pacientes que recebem terapia de reposição com tiroxina. Portanto, recomenda-se avaliar a função tireoidiana após o início do tratamento com Genotropin® e após os ajustes de dose. Nos casos de deficiência do hormônio de crescimento secundária ao tratamento de doenças neoplásicas, recomenda-se especial atenção aos sinais de possível recidiva de malignidade. Pode ocorrer, com maior freqüência, deslizamento da epífise femoral proximal em pacientes com distúrbios endócrinos, incluindo deficiência de hormônio de crescimento. Toda criança com claudicação durante o tratamento com hormônio de crescimento deve ser avaliada. Em pacientes com (pan) hipopituitarismo, o tratamento-padrão de reposição deve ser cuidadosamente monitorado. No caso de cefaléia grave ou recorrente, alterações visuais, náusea e/ou vômitos, recomenda-se fundoscopia para detecção de papiledema. Caso seja confirmado o papiledema, deve ser considerado o diagnóstico de hipertensão intracraniana benigna e o tratamento com hormônio de crescimento deve ser descontinuado, se apropriado. Até o momento, não há evidências suficientes para orientar a continuação ou não da terapia com hormônio de crescimento em pacientes com hipertensão intracraniana resolvida. Porém, a experiência clínica demonstrou que a reintrodução da terapia é possível freqüentemente sem recorrência de hipertensão intracraniana. Se o tratamento com este hormônio for reiniciado, exige-se monitoração cuidadosa para sintomas de hipertensão intracraniana. A experiência em pacientes com idade acima de 60 anos é limitada. Em pacientes com síndrome de Prader-Willi, o tratamento deve ser sempre acompanhado por uma dieta de restrição calórica. Foi relatada morte associada com o uso de hormônio de crescimento em pacientes com síndrome de Prader-Willi que apresentaram um ou mais dos seguintes fatores de risco: obesidade grave, histórico de insuficiência respiratória, apnéia do sono ou infecção respiratória não identificada. Pacientes masculinos com um ou mais destes fatores podem ter o risco aumentado. Antes do início do tratamento com Genotropin®, em pacientes com síndrome de Prader- Willi, sinais de obstrução das vias aéreas superiores, apnéia do sono ou infecções respiratórias devem ser avaliadas. Caso sejam observadas alterações durante avaliação da obstrução das vias aéreas superiores, a criança deve ser encaminhada a um otorrinolaringologista para o tratamento e resolução do distúrbio respiratório antes do início do tratamento com Genotropin®. Antes do início do tratamento com Genotropin®, a apnéia do sono deve ser avaliada através de métodos reconhecidos como polissonografia ou oximetria noturna; o paciente deve ser monitorado em caso de suspeita de apnéia do sono. Caso os pacientes apresentem obstrução das vias aéreas superiores (incluindo início ou aumento de ronco) durante o tratamento com Genotropin®, este deve ser interrompido e deve ser realizada uma nova avaliação com o otorrinolaringologista. Todos os pacientes com síndrome de Prader-Willi devem ser monitorados caso haja suspeita de apnéia do sono. Os pacientes devem ser monitorados quanto a sinais de infecção respiratória, que devem ser diagnosticados assim que possível e tratados agressivamente. Escoliose é comumente observada em pacientes com síndrome de Prader-Willi. Pode ocorrer progressão de escoliose em crianças que apresentam crescimento rápido. Uma vez que a somatropina aumenta a taxa de crescimento, os médicos devem estar atentos a essa anormalidade, que pode se manifestar durante a terapia com hormônio de crescimento. Desta forma, sinais de escoliose devem ser monitorados durante o tratamento. Apesar disso, o tratamento com hormônio de crescimento não demonstrou aumentar a incidência ou gravidade da escoliose. A experiência com tratamentos prolongados em pacientes adultos ou com síndrome de Prader-Willi é limitada. Devem ser consideradas outras razões médicas ou tratamentos que possam explicar o distúrbio de crescimento em crianças com baixa estatura nascidas PIG antes do início do tratamento com Genotropin®. Em crianças nascidas PIG é recomendável avaliar a insulina e glicemia em jejum antes do início do tratamento e anualmente após o início do mesmo. Em pacientes com risco aumentado de diabetes mellitus (por exemplo, histórico familiar de diabetes, obesidade, resistência grave à insulina, acantosis nigricans) deve ser realizado o teste oral de tolerância à glicose. Caso o diabetes seja comprovado, Genotropin® não deve ser administrado. Em crianças PIG, é recomendado a avaliação dos níveis de IGF-I antes do início do tratamento e após isso, 2 vezes por ano. Caso os níveis de IGF-I em avaliações repetidas excedam + 2 DP comparadas às referências de acordo com a idade e com o status puberal, a razão IGF-I/ IGFBP-3 pode ser utilizada para considerar um ajuste de dose. A experiência no tratamento em pacientes nascidos PIG perto do início da puberdade é limitada. Portanto, o início do tratamento nesta idade não é recomendado. A experiência em pacientes com síndrome de Silver-Russel também é limitada. O ganho em altura em pacientes de baixa estatura nascidos PIG tratados com hormônio de crescimento pode ser perdido caso o tratamento seja interrompido antes que a altura final seja atingida. Foi avaliado o efeito da somatropina em dois estudos placebo-controlados envolvendo 522 pacientes adultos criticamente enfermos por complicações após cirurgia cardíaca aberta, cirurgia abdominal, trauma acidental múltiplo ou insuficiência respiratória aguda. A mortalidade foi maior em pacientes tratados com 5,3 ou 8 mg diários de somatropina quando comparado com o grupo placebo (42% vs. 19%). Baseado nessa informação, esse tipo de paciente não deve ser tratado com Genotropin®. Na insuficiência renal crônica, a função renal deve estar 50% abaixo do normal antes da instituição da terapia com Genotropin®. Para se verificar o distúrbio de crescimento, o crescimento deve ser acompanhado por um ano antes da instituição do tratamento. Uma terapia conservadora para insuficiência renal deve ser estabelecida e mantida durante o tratamento com Genotropin®. Descontinuar o tratamento em caso de transplante renal. Não há informações disponíveis sobre a segurança da terapia de reposição em pacientes criticamente doentes. Os benefícios do tratamento continuado nessa situação devem ser avaliados quanto aos riscos potenciais envolvidos (vide “Contra-indicações”). Em todos os pacientes que estão recebendo terapia de reposição com hormônio de crescimento e que desenvolvam distúrbios criticamente agudos, o benefício potencial da continuidade do tratamento com Genotropin® deve ser avaliado em relação ao risco potencial (vide “Contra-indicações”). Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos. Uso durante a Gravidez A experiência clínica do uso do produto em mulheres grávidas não está disponível. Estudos em animais não mostraram evidências de efeitos nocivos nos fetos de fêmeas prenhas. Como estudos em animais nem sempre refletem a resposta em humanos, o medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se realmente necessário. Durante a gravidez normal, após a 20ª semana, os níveis do hormônio de crescimento hipofisário diminuem consideravelmente, sendo repostos quase que na totalidade pelo hormônio de crescimento placentário a partir da 30ª semana. Por este motivo, é improvável que a terapia de reposição continuada com Genotropin® seja necessária em mulheres com deficiência do hormônio de crescimento no terceiro trimestre de gravidez.