Interações medicamentosas kivexa

KIVEXA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de KIVEXA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com KIVEXA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Como este medicamento contém abacavir e lamivudina, todas as interações já identificadas com cada um desses agentes podem ocorrer com Kivexa®. Estudos clínicos demonstraram que não há interações clinicamente significativas entre os dois fármacos. O abacavir e a lamivudina não são substancialmente metabolizados pelas enzimas do citocromo P450 (como CYP3A4, CYP2C9 ou CYP2D6) e não inibem nem induzem esse sistema enzimático. Portanto, há pouco potencial de interações com os inibidores antirretrovirais da protease, os inibidores não análogos de nucleosídeos e outros produtos medicamentosos metabolizados pelas principais enzimas P450.
A probabilidade de interações metabólicas com a lamivudina é baixa devido à limitação do metabolismo e da ligação proteica no plasma e ao clearance renal quase completo. A lamivudina é predominantemente eliminada por secreção catiônica orgânica ativa. Deve-se considerar a possibilidade de interações com outros produtos medicamentosos administrados concomitantemente, em especial quando a principal via de eliminação é a renal.

Interações relevantes com abacavir
etanol: o metabolismo do abacavir é alterado pela ingestão simultânea de etanol, o que resulta em aumento da AUC do abacavir de cerca de 41%. Devido ao perfil de segurança do abacavir, esses achados não são considerados clinicamente relevantes. O abacavir não tem efeito sobre o metabolismo do etanol.
metadona: em um estudo farmacocinético, a coadministração de 600 mg de abacavir duas vezes por dia com metadona mostrou 35% de redução da Cmáx do abacavir e uma hora de atraso do tmáx, mas a AUC ficou inalterada. As alterações da farmacocinética do abacavir não são consideradas clinicamente relevantes. Nesse estudo, o abacavir aumentou a depuração sistêmica média da metadona em 22%. Essa alteração não é considerada clinicamente relevante na maioria dos casos. Contudo, ocasionalmente, pode ser necessária uma nova titulação da dose de metadona.

Interações relevantes com lamivudina
trimetoprima: a administração de trimetoprima/sulfametoxazol 160 mg/800 mg (cotrimoxazol) causa aumento de 40% na exposição à lamivudina devido ao componente trimetoprima. No entanto, a menos que o paciente tenha insuficiência renal, não é necessário ajuste de dose (ver o item Posologia e Modo de Usar). A lamivudina não tem efeito sobre a farmacocinética da trimetoprima nem do sulfametoxazol. Não se estudou o efeito da coadministração da lamivudina com doses mais altas de cotrimoxazol no tratamento de pneumonia por Pneumocystis jiroveci (P. carinii) e de toxoplasmose.
zalcitabina: a lamivudina pode inibir a fosforilação intracelular da zalcitabina quando os dois produtos medicamentosos são usados simultaneamente. O uso de Kivexa® não é, portanto, recomendável em combinação com zalcitabina.
entricitabina: A lamivudina pode inibir a fosforilação intracelular da entricitrabina quando os dois produtos medicamentosos são administrados concomitantemente. Além disso, o mecanismo de resistência tanto para lamivudina quanto para a entricitabina é mediado pela mutação no mesmo gene da transcriptase reversa viral (M184V) e, consequentemente, a eficácia terapêutica desta combinação pode ser limitada. Assim, não é recomendado o uso de lamividina em combinação com a entricitabina ou combinações contendo doses fixas de entricitabina.