Interações medicamentosas fluvastatina

Fluvastatina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Fluvastatina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Fluvastatina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Interações Medicamentosas Interações com alimentos
Não existem diferenças aparentes dos efeitos da fluvastatina na redução de lipídeos quando administrada com a refeição noturna ou 4 horas após a mesma. Baseado na ausência de interações de fluvastatina com outros substratos CYP3A4, não é esperado que a fluvastatina interaja com suco de toranja (grapefruit).
Interações com fármacos
Efeito de outros fármacos sobre a fluvastatina Derivados do ácido fíbrico (fibratos) e niacina (ácido niacínico) A administração concomitante de fluvastatina com bezafibrato, genfibrozila, ciprofibrato ou niacina (ácido niacínico) não tem efeito clinicamente relevante na biodisponibilidade da fluvastatina ou na de outros agentes redutores de lipídios. Entretanto, essas combinações devem ser utilizadas com cautela uma vez que foi observado o risco aumentado de miopatia em pacientes recebendo outros inibidores de HMG-CoA redutase concomitantemente com qualquer uma dessas moléculas (veja “Precauções e advertências”). itraconazol e eritromicina A administração concomitante de fluvastatina com os inibidores potentes do citocromo P450 (CYP) 3A4, itraconazol e eritromicina, tem efeito mínimo na biodisponibilidade da fluvastatina. Uma vez que esta enzima tem um envolvimento mínimo no metabolismo da fluvastatina, esperase que outros inibidores da CYP3A4 (por ex.: cetoconazol, ciclosporina) também não afetem a biodisponibilidade da fluvastatina. fluconazol A administração de fluvastatina a voluntários sadios pré-tratados com fluconazol (inibidor da CYP2C9) resultou em um aumento da exposição e do pico de concentração da fluvastatina em cerca de 84% e 44%. Embora não tenha havido evidência clínica de que o perfil de segurança da fluvastatina tenha sido alterado nos pacientes pré-tratados com fluconazol por 4 dias, deve-se ter precaução quando da administração concomitante de fluvastatina com fluconazol. ciclosporina Estudos em pacientes que foram submetidos a transplante renal indicaram que a biodisponibilidade da fluvastatina (acima de 40 mg/dia) não é elevada de maneira clinicamente relevante em pacientes sob tratamento com regimes estáveis de ciclosporina.
Num estudo onde LESCOL XL (80 mg de fluvastatina) foi administrado a pacientes transplantados renais e tratados com regime estável de ciclosporina mostrou que a exposição a fluvastatina (AUC) e a concentração máxima (Cmáx) foram aumentadas em 2 vezes quando comparadas aos dados históricos de voluntários sadios. Embora esse aumento nos níveis de fluvastatina não tenha sido clinicamente significativo, esta combinação deve ser utilizada com precaução (veja “Precauções e advertências”). Sequestrantes dos ácidos biliares A fluvastatina deve ser administrada pelo menos 4 horas após a resina (por ex.: colestiramina) para evitar uma interação significativa causada pela ligação do fármaco com a resina. rifampicina A administração de fluvastatina a voluntários sadios pré-tratados com rifampicina resultou em uma redução da biodisponibilidade da fluvastatina em cerca de 50%. Embora até o momento não haja evidência clínica de que a eficácia da fluvastatina na redução dos níveis lipídicos seja alterada, para pacientes sob tratamento a longo prazo com rifampicina (por ex.: tratamento da tuberculose), pode ser necessário um ajuste apropriado de dose de fluvastatina para garantir uma redução satisfatória nos níveis lipídicos. Antagonistas do receptor H2 da histamina e inibidores da bomba de prótons A administração concomitante de fluvastatina com cimetidina, ranitidina ou omeprazol, resulta no aumento da biodisponibilidade da fluvastatina, o que, entretanto, não apresenta relevância clínica. Como estudos adicionais de interação não foram realizados, espera-se que outros antagonistas dos receptores H2 / inibidores da bomba de prótons, sejam improváveis de afetar a biodisponibilidade da fluvastatina. fenitoína O efeito mínimo da fenitoína na farmacocinética da fluvastatina, indica que o ajuste de dose de fluvastatina não é necessário quando co-administrada com a fenitoína.
Agentes cardiovasculares Nenhuma interação farmacocinética clinicamente significativa ocorre quando a fluvastatina é concomitantemente administrada com propranolol, digoxina, losartana ou anlodipino. Baseado nos dados farmacocinéticos, nenhum monitoramento ou ajuste de dose são requeridos quando a fluvastatina é concomitantemente administrada com estes agentes. Efeito de fluvastatina sobre outros fármacos ciclosporina Tanto LESCOL (40 mg de fluvastatina) quanto LESCOL XL (80 mg de fluvastatina) não apresentaram efeitos na biodiponibilidade da ciclosporina quando co-administrados (veja “Efeitos de outras drogas sobre a fluvastatina”). colchicina Não há informações disponíveis sobre a interação farmacocinética entre a fluvastatina e a colchicina.
Entretanto, miotoxicidade, incluindo dores e fraquezas musculares, e rabdomiólise têm sido reportadas isoladamente quando da co-administração com colchicina. fenitoína A magnitude total das mudanças na farmacocinética da fenitoína durante a co-administração com fluvastatina é relativamente pequena e clinicamente não significante. Portanto, o monitoramento de rotina dos níveis plasmáticos de fenitoína durante a co-administração com fluvastatina é suficiente. varfarina e outros derivados cumarínicos Em voluntários sadios, o uso da fluvastatina e varfarina (dose única) não teve influência adversa nos níveis plasmáticos da varfarina e tempos de protrombina, comparado à varfarina isoladamente. Entretanto, incidências isoladas de episódios de sangramento e/ou aumento nos tempos de protrombina têm sido relatados muito raramente em pacientes recebendo fluvastatina concomitantemente com varfarina ou outros derivados cumarínicos. Recomenda-se que os tempos de protrombina sejam monitorados quando o tratamento com fluvastatina for iniciado, descontinuado, ou na ocorrência de mudança de dose, nos pacientes recebendo varfarina ou outros derivados cumarínicos. Agentes antidiabéticos orais Para pacientes recebendo sulfoniluréias orais (glibenclamida [gliburida], tolbutamida) para tratamento de diabetes mellitus tipo 2, a adição de fluvastatina não leva a mudanças clinicamente significantes no controle da glicemia. Em pacientes diabéticos tratados com glibenclamida (n = 32), a administração de fluvastatina (40 mg duas vezes ao dia por 14 dias) aumentou a Cmáx, a AUC e a t1/2 médias da glibenclamida em 50%, 69% e 121%, respectivamente. A glibenclamida (5 a 20 mg diariamente) aumentou a Cmáx e AUC médias da fluvastatina em 44% e 51%, respectivamente. Nesse estudo não houve alterações nos níveis de glicose, insulina e peptídeo-C. Entretanto, pacientes em terapia concomitante de glibenclamida com fluvastatina devem ser monitorados apropriadamente quando as doses de fluvastatina forem aumentadas para 80 mg por dia.