Reações adversas reopro

REOPRO com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de REOPRO têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com REOPRO devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Sangramento: no estudo EPIC, no qual foi usado um esquema de dose convencional de heparina não ajustada ao peso, a complicação mais comum durante o tratamento com REOPRO foi sangramento durante as primeiras 36 horas. A incidência de sangramento maior1, sangramento menor2 e transfusão de derivados de sangue foi aproximadamente dobrada. Nos pacientes com sangramento maior, 67% tiveram sangramento no local de acesso arterial na virilha.
1decréscimo na hemoglobina 5 g/dL.
2hematúria espontânea ou hematêmese, ou perda de sangue observada com um decréscimo 3
g/dL ou com um decréscimo na hemoglobina 4 g/dL, sem observação de perda de sangue. No estudo subsequente, EPILOG, que também utilizou heparina e REOPRO, mas promoveu a remoção precoce do introdutor e o uso de técnicas adequadas para o acesso arterial (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), a incidência de sangramento maior não associado à cirurgia, nos pacientes tratados com REOPRO (1,1%), não foi diferente da incidência nos pacientes que receberam placebo (1,1%). Também não houve aumento significante na incidência de hemorragia intracraniana. A redução no sangramento maior, observada no estudo EPILOG, foi obtida sem perda da eficácia. Do mesmo modo, no estudo EPISTENT, a incidência de sangramentos graves não associados à cirurgia em pacientes em uso de REOPRO com angioplastia (0,6%) ou REOPRO com a colocação de stent (0,8%), não foi significativa, diferentemente dos pacientes que receberam placebo com a colocação de stent (1,0%). No estudo CAPTURE, no qual não foi usado um esquema de dose baixa de heparina, a incidência de sangramento maior, não associado a cirurgia de revascularização do miocárdio (RM), foi maior nos pacientes recebendo REOPRO (3,8%) do que naqueles recebendo placebo (1,9%). Embora os dados sejam limitados, o tratamento com REOPRO não foi associado a excesso de sangramento maior nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Alguns pacientes com tempos de sangramento prolongados receberam transfusões de plaquetas para corrigir o tempo de sangramento antes da cirurgia (ver Transfusão para restauração da função plaquetária).

Outras Doenças Vasculares: os estudos clínicos sugerem que o cumprimento do regime de ajuste do peso de heparina atualmente recomendado é associado a um risco menor de ocorrência de hemorragia intracraniana em relação a protocolos anteriores (quanto maior a dose, menor o ajuste de peso). A incidência total de hemorragia intracraniana e AVC não hemorrágico entre os quatro estudos clínicos foi similar, 9/3.023 (0,30%) para pacientes tratados com placebo e 15/4.680 (0,32%) para pacientes tratados com REOPRO. A incidência de hemorragia intracraniana foi 0,10% para pacientes tratados com placebo e 0,15% para pacientes tratados com REOPRO.
O estudo clínico GUSTO V randomizou 16.588 pacientes com infarto agudo do miocárdio para o tratamento combinado de REOPRO e meia dose de reteplase ou dose total de reteplase. A incidência de sangramento não intracraniano moderado ou grave aumentou em pacientes recebendo REOPRO e meia dose de reteplase em comparação aos pacientes que receberam apenas o reteplase (4,6 versus 2,3%, respectivamente).

Trombocitopenia: pacientes tratados com REOPRO estiveram mais sujeitos a experimentar a trombocitopenia (contagem de plaquetas inferior a 100.000 células/mcL), que os pacientes do grupo placebo. A incidência, nos estudos EPILOG e EPISTENT, nos quais REOPRO foi usado com heparina ajustada para o peso e em baixa dose, foi de 2,8% e 1,1% respectivamente, em pacientes no grupo placebo. A trombocitopenia foi observada em níveis mais elevados após a readministração.

Readministração: anticorpos antiquiméricos humanos (HACA) apareceram, geralmente com um baixo título, em aproximadamente 5% a 6% dos pacientes, 2 a 4 semanas após receberem a primeira administração de REOPRO em estudos de fase III.
A readministração de REOPRO foi avaliada em 1.286 pacientes num estudo que incluiu 1.342 tratamentos. A maioria dos pacientes estava recebendo REOPRO pela segunda vez; 15% deles estavam recebendo o produto pela terceira vez ou mais. A taxa geral de HACA positivo, que antes da readministração era de 6%, aumentou para 27% posteriormente.
Em um estudo de readministração em pacientes recebendo duas ou mais doses de REOPRO, a incidência de qualquer nível de trombocitopenia foi de 5%, com uma incidência de trombocitopenia profunda de 2% (< 20.000 células/mm3). Os fatores associados ao aumento do risco de trombocitopenia foram: histórico de trombocitopenia em administração anterior de REOPRO, readministração dentro de 30 dias e dosagem de HACA positiva previamente à readministração.

Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentes são: sangramento, dor nas costas, hipotensão, náusea, dor no peito, vômito, cefaleia, bradicardia, pirexia, dor no local da punção e trombocitopenia. O tamponamento cardíaco, hemorragia pulmonar (principalmente alveolar) e síndrome de desconforto respiratória do adulto foram relatados raramente.
As reações adversas listadas abaixo foram baseadas na experiência dos estudos clínicos e em dados de pós-comercialização do produto no mundo:
Reação comum (> 1/100 e <= 1/10): cefaleia, bradicardia, sangramento, hipotensão, edema periférico, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito e dor nas costas.
Reação incomum (> 1/1.000 e <= 1/100): hemorragia intracraniana.
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000): reação anafilática, reações de hipersensibilidade ou alérgicas, tamponamento cardíaco, sangramento fatal, hemorragia pulmonar e síndrome de desconforto respiratória do adulto.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.