Interações medicamentosas starform

STARFORM com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de STARFORM têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com STARFORM devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Nateglinida

Interações previstas a serem consideradas
Efeitos da nateglinida sobre outros medicamentos
Dados disponíveis de estudos in vitro e in vivo indicam que a nateglinida é metabolizada principalmente pela enzima CYP 2C9 do citocromo P450 (70%) e, em menor extensão, pela CYP 3A4 (30%). A nateglinida é um potencial inibidor da CYP 2C9 in vivo, uma vez que inibe o metabolismo da tolbutamida, um substrato da CYP 2C9 in vitro. Com base nas experiências in vitro, nenhuma inibição das reações metabólicas da CYP 3A4 é observada. De uma forma geral, estes resultados sugerem um baixo potencial para interações medicamentosas farmacocinéticas clinicamente significativas.
A nateglinida não tem efeito clinicamente significativo nas propriedades farmacocinéticas da varfarina (um substrato para CYP 3A4 e CYP 2C9), diclofenaco (um substrato para CYP 2C9), troglitazona (um indutor da CYP 3A4) ou digoxina. Desta forma, nenhum ajuste de dose é necessário em consequência da administração concomitante da nateglinida com digoxina, varfarina ou diclofenaco. De forma semelhante, também não se verificou interação farmacocinética clinicamente significativa da nateglinida com outros antidiabéticos orais, tais como o cloridrato de metformina ou glibenclamida.
A nateglinida não tem nenhuma influência sobre a ligação proteica do propranolol, glibenclamida, nicardipino, varfarina, fenitoína, ácido acetilsalicílico e tolbutamida.

Efeitos de outros medicamentos sobre a nateglinida
Inibidores da CYP 2C9: Potentes inibidores da CYP2C9 (ex.: fluconazol, genfibrozila, sulfimpirazona) podem aumentar a exposição da nateglinida e aumentar o possível risco de hipoglicemia.
A nateglinida liga-se altamente às proteínas plasmáticas (98%), principalmente à albumina. Estudos de deslocamento in vitro com fármacos muito ligados às proteínas, tais como furosemida, propranolol, captopril, nicardipino, pravastatina, glibenclamida, varfarina, fenitoína, ácido acetilsalicílico, tolbutamida e cloridrato de metformina, não mostram influência na extensão da ligação da nateglinida às proteínas. Alguns medicamentos influenciam o metabolismo da glicose e, portanto, possíveis interações devem ser consideradas pelo médico.
A ação hipoglicemiante dos agentes antidiabéticos orais pode ser potencializada por determinados fármacos, incluindo agentes anti-inflamatórios não esteroidais, salicilatos, inibidores da monoaminoxidase e agentes betabloqueadores adrenérgicos não seletivos, hormônios anabolizantes (por exemplo, metandrostenolona), guanetidina, Gymnema sylvestre, glucomannan e ácido tióctico.
Quando estes fármacos são administrados ou retirados de pacientes que recebem nateglinida, o paciente deve ser observado por alterações no controle glicêmico.
A ação hipoglicemiante dos agentes antidiabéticos orais pode ser reduzida por certos medicamentos, incluindo tiazidas, corticosteroides, medicamentos para a tireoide, simpatomiméticos, somatropina, análogos da somatostatina (por exemplo, lanreotida, octreotida) rifampicina, fenitoína e erva de São João. Quando estes fármacos são administrados à pacientes ou retirados de pacientes medicados com nateglinida, o paciente deve ser cuidadosamente observado quanto à alterações no controle da glicemia.

– cloridrato de metformina
Interações previstas a serem consideradas
Efeitos da metformina sobre outros medicamentos
Furosemida: a metformina diminuiu o pico de concentração plasmática (Cmax), área sob a curva (ASC) da furosemida no sangue, sem alteração no clearance (depuração) renal da furosemida.

Nifedipino: a metformina teve efeitos mínimos sobre o nifedipino.
Glibenclamida: foram observadas reduções da Cmax, ASC da glibenclamida no sangue, mas foram altamente variáveis. Portanto, o significado clínico deste achado não é claro.

Fármaco catiônico (cimetidina): a metformina não teve efeito sobre a farmacocinética da cimetidina.

Vitamina B12: o cloridrato de metformina tem sido associado à diminuição dos níveis séricos de vitamina B12, sem manifestações clínicas. Essa diminuição é muito raramente associada à anemia e parece ser rapidamente reversível com a descontinuação do cloridrato de metformina e/ou suplementação de vitamina B12 (vide “Advertências e precauções”).

Femprocumona: foi relatado um aumento na eliminação da femprocumona quando coadministrada com metformina.

Efeitos de outros medicamentos sobre a metformina
Furosemida: a furosemida aumentou a Cmáx e ASC da metformina no sangue, sem alteração no clearance (depuração) renal da metformina.

Nifedipino: o nifedipino aumentou tanto a absorção (e, portanto, a Cmax e ASC de exposição) e a excreção de metformina.

Glibenclamida: a glibenclamida não produziu mudanças nos parâmetros farmacocinéticos/farmacodinâmicos da metformina.

Álcool: envenenamento agudo por álcool aumenta o risco de acidose láctica, especialmente nos casos de jejum, má nutrição e insuficiência hepática. O álcool potencializa o efeito do cloridrato de metformina sobre o metabolismo de lactato.

Contrastes a base de iodo: a administração intravascular de meios de contraste iodados a pacientes que estão recebendo metformina, pode aumentar o risco de acidose láctica (vide “Contraindicações” e “Advertências e precauções”).

Fármacos catiônicos: cloridrato de metformina pode interagir com os fármacos catiônicos, tais como amilorida, digoxina, morfina, procainamida, quinidina, quinina, triantereno, trimetoprima, ou vancomicina, cimetidina e ranitidina (antagonista H2). Estes medicamentos são eliminados por secreção tubular renal e, teoricamente, têm o potencial de interação com a metformina por competição pelos sistemas de transporte tubulares renais comuns. Assim, com a cimetidina, a aumento na concentração da metformina no plasma/sangue e ASC foram observados em 60% e 40%, respectivamente. Embora nenhum estudo de interação direta esteja disponível (exceto para a cimetidina), é recomendado o monitoramento cuidadoso dos pacientes e das doses de metformina e desses medicamentos.

Goma guar e inibidores da alfa-glicosidase: os níveis de concentração sanguínea do cloridrato de metformina podem ser diminuídos pela goma guar e inibidores da alfa-glicosidase.

Outros medicamentos: é importante observar que durante a terapia concomitante com outros medicamentos (tais como as tiazidas e outros diuréticos, corticosteroides, fenotiazinas, produtos tireoideanos, estrogênios, contraceptivos orais, fenitoína, ácido nicotínico, simpatomiméticos, medicamentos bloqueadores dos canais de cálcio, e isoniazida) que podem modificar os níveis de glicose no sangue, podem ser necessários acompanhamento do controle glicêmico e ajuste de dose de Starform®.

Outros medicamentos antidiabéticos: o cloridrato de metformina, um dos componentes de Starform®, pode ser administrado concomitantemente com sulfonilureias. Nenhuma interação direta com outros antidiabéticos orais é conhecida. Entretanto, a administração concomitante com esses medicamentos pode agir aditivamente e diminuir os níveis sanguíneos de glicose levando a hipoglicemia se a dose de cloridrato de metformina não for ajustada.