Reações adversas tobi

TOBI com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TOBI têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TOBI devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Resumo do perfil de segurança
O perfil de segurança de Tobi® foi avaliado em dois estudos randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo (conduzidos em paralelo) e em dois estudos sequenciais abertos de acompanhamento. Em todos os quatro estudos, os pacientes receberam a droga de estudo duas vezes por dia, em ciclos de 28 dias com a droga/28 dias sem a droga. Nos estudos duplo-cegos, os pacientes foram randomizados ao tratamento com Tobi® ou placebo. Nos estudos abertos, todos os pacientes receberem Tobi®.
Os estudos controlados por placebo envolveram períodos de tratamento de 24 semanas e a duração total das séries de estudo, incluindo os estudos de acompanhamento abertos, foi de 96 semanas. Trezentos e noventa e seis (396) pacientes dos 464 que completaram qualquer um dos dois estudos duplo-cegos de 24 semanas entraram nos estudos de extensão abertos. No total, 313, 264 e 120 pacientes completaram o tratamento com Tobi® por 48, 72 e 96 semanas, respectivamente.
Durante esta série de estudos, todos os pacientes receberam a droga de estudo em adição ao tratamento padrão para fibrose cística que foi administrada a critério de seus médicos.
Nos dois estudos clínicos de 24 semanas, paralelos, controlados por placebo, Tobi® foi geralmente bem tolerado em 258 pacientes com fibrose cística com idade variando de 6 a 48 anos.
Os eventos adversos relatados mais comumente (≥ 10%) (independentemente da relação com a droga de estudo), juntamente com suas frequências (Tobi® vs placebo), nos estudos controlados por placebo foram: tosse (46,1% vs 47,3%), faringite (38,0% vs 39,3%), tosse produtiva (37,6% vs 39,7%), astenia (35,7% vs 39,3%), rinite (34,5% vs 33,6%), dispneia (33,7% vs 38,5%), pirexia (32,9% vs 43,5%), distúrbio pulmonar (31,4% vs 31,3%), cefaleia (26,7% vs 32,1%), dor torácica (26,0% vs 29,8%), escarro descolorido (21,3% vs 19,8%), hemoptise (19,4% vs 23,7%), anorexia (18,6% vs 27,9%), perda da função pulmonar (16,3% vs 15,3%), asma (15,9% vs 20,2%), vômitos (14,0% vs 22,1%), dor abdominal (12,8% vs 23,7%), disfonia (12,8% vs 6,5%), náusea (11,2% vs 16,0%), e redução de peso (10,1% vs 15,3%).
As únicas reações adversas à droga relatadas significativamente com maior frequência no grupo de tratamento com Tobi®em comparação ao grupo de tratamento placebo foram: disfonia (12,8% e 6,5% para os grupos de tratamento com Tobi® e placebo, respectivamente) e tinnitus (3,1% e 0%, respectivamente). A disfonia foi usualmente leve e ocorreu mais comumente durante o período recebendo a droga.
Todos os episódios de tinnitus foram transitórios e foram resolvidos sem a descontinuação do tratamento e não foram associados com a perda auditiva. Os números de pacientes relatando experiências adversas vestibulares, tais como tontura, foram similares nos grupos recebendo Tobi® e placebo. Adicionalmente, os estudos duplo-cegos com Tobi® não identificaram perda auditiva utilizando testes audiométricos que avaliaram a audição até 8.000 Hz. Na experiência pós- comercialização, pacientes recebendo Tobi® relataram perda auditiva. Alguns destes relatos ocorreram em pacientes com tratamento prévio ou concomitante com aminoglicosídeos sistêmicos. Pacientes com perda auditiva frequentemente relataram tinnitus.

Resumo tabulado de reações adversas ao medicamento provenientes de estudos clínicos

A Tabela 2 compara a incidência de reações adversas ao medicamento provenientes do tratamento, relatadas com uma incidência ≥ 2% para pacientes recebendo Tobi® ou placebo, ocorrendo a uma taxa mais alta no braço recebendo Tobi® e avaliadas como relacionadas ao medicamento em≥ 1% dos pacientes.
Reações adversas ao medicamento provenientes de estudos clínicos estão listadas de acordo com classes de sistema de órgãos do MedDRA. Dentro de cada classe de sistemas de órgãos, as reações adversas ao medicamento estão classificadas por frequência, com as mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas ao medicamento estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Adicionalmente, a categoria de frequência correspondente utilizando a seguinte conversão (CIOMS III) também é fornecida para cada reação adversa ao medicamento: muito comum (≥ 1/10); comum(≥ 1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); rara (≥ 1/10.000, < 1/1.000) muito rara (< 1/10.000) incluindo relatos isolados.

Classe de Sistema de
Órgãos MedDRA

Reação adversa ao
medicamento
(MedDRA PT; V12.1)

Tobi®
Estudos de grupo paralelos controlados
por placebo
(PC-TNDS-002 / PC-TNDS-003)

 

Categoria de
Frequência

TOBI
(n=258)
% de pacientes

Placebo
(n=262)
% de pacientes

 

Distúrbios
respiratórios,
torácicos e
mediastinais

Distúrbio pulmonar 31,4% 31,3% Muito comum
Rinite 34,5% 33,6% Muito comum
Disfonia 12,8% 6,5% Muito comum
Escarro descolorido 21,3% 19,8% Muito comum
Distúrbios gerais e condições do local de administração Mal estar 6,2% 5,3% Comum
Investigações Perda da função pulmonar 16,3% 15,3% Muito comum
Distúrbios no ouvido e labirinto Tinnitus 3,1% 0% Comum
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo Mialgia 4,7% 2,7% Comum
Infecções e infestações Laringite 4,3% 3,3% Comum



Como a duração da exposição à Tobi® aumentou durante os estudos de extensão abertos, a incidência de tosse produtiva e perda da função pulmonar pareceram aumentar; porém, a incidência de disfonia pareceu diminuir. De forma geral, a incidência de eventos adversos relacionados às seguintes Classes de Sistema de Órgãos MedDRA (CSO) reduziu com aumentando a exposição à Tobi®: distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais, distúrbios gastrintestinais e distúrbios gerais, e condições do local de administração.

Reações adversas ao medicamento de relatos espontâneos e da literatura (frequência não conhecida)
Os seguintes eventos adversos são derivados de experiências pós-comercialização com o Tobi® por relatos de casos espontâneos e de casos da literatura. Uma vez que, essas reações foram relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimar com segurança suas frequências e, portanto são classificadas como desconhecidas. As reações adversas estão listadas de acordo com as Classes de Sistema de Órgãos MedDRA (CSO). Em cada sistema de órgãos, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Distúrbios do ouvido e labirinto
Perda auditiva
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Hipersensibilidade, prurido, urticária, rash
Distúrbios do sistema nervoso
Afonia, disgeusia
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Broncoespasmo, dor orofaríngea, aumento do catarro, dor no peito
Distúrbio gerais e alterações no local de administração
Redução do apetite

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.