Advertências velban

VELBAN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VELBAN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VELBAN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A administração intratecal de sulfato de vimblastina geralmente resulta em morte. Se ocorrer administração intratecal acidental, intervenção neurocirúrgica imediata é requerida para prevenir paralisia ascendente que leva à morte.
Em pequeno número de pacientes, paralisia com risco de morte e morte subsequente foram evitadas, mas resultaram em sequelas neurológicas devastadoras, com recuperação limitada posteriormente.
Se sulfato de vimblastina for administrado erroneamente através da via intratecal, o tratamento a seguir deve ser feito imediatamente:
1)Remover o máximo possível do líquido cefalorraquiano, de forma segura, através de punção lombar.
2)Inserir um cateter epidural no espaço subaracnoide, via espaço intervertebral acima da punção lombar, e irrigar o líquido cefalorraquiano com Solução de Ringer Lactato. Se possível, adicionar 25 mL de plasma fresco congelado a cada litro de Solução de Ringer Lactato.
3)Inserir dreno intraventricular ou cateter por neurocirurgião e continuar a irrigação do líquido cefalorraquiano com fluído removido da punção lombar, conectado a um sistema fechado de drenagem. A Solução de Ringer Lactato deve ser administrada através de infusão contínua a 150 mL/h ou a 75 mL/h quando o plasma fresco congelado for adicionado como acima mencionado.
A taxa de infusão deve ser ajustada para manter o nível de proteína no líquido cefalorraquidiano em 150 mg/dL. As seguintes medidas têm sido usadas em adição, mas podem não ser essenciais:
Administração de 10 g de ácido glutâmico, via intravenosa, por 24 horas, seguidos por 500 mg, três vezes ao dia, via oral, por um mês.
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Administração de 100 mg de ácido folínico por via intravenosa direta, seguido de infusão intravenosa a 25 mg/h por 24 horas e posteriormente da administração de doses de 25 mg, via intravenosa direta, a cada 6 horas por uma semana.
Administração de 50 mg de piridoxina (vitamina B6) a cada 8 horas, por infusão intravenosa por 30 minutos.
A utilidade dessas medidas na redução da neurotoxicidade não é clara.

Função hepática diminuída: pacientes com função hepática diminuída (bilirrubina acima de 3 mg/dL) devem ter a dose diminuída (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Paciente com insuficiência hepática: toxicidade da vimblastina pode ser aumentada na presença de insuficiência hepática.
Toxicidade neurológica: embora não comum ou permanente, pode ser um incômodo.
Leucopenia: pode alcançar níveis perigosamente baixos após a administração de doses mais altas que as recomendadas, portanto é importante seguir o esquema de doses recomendado na posologia. Se ocorrer leucopenia após uma dose de sulfato de vimblastina, o paciente deve ser observado cuidadosamente para notar evidências de infecção até que a contagem da série branca tenha retornado a um nível seguro.
Antes da administração de sulfato de vimblastina deve-se fazer a contagem de células sanguíneas, que deve ser repetida periodicamente. A depressão na contagem de leucócitos é dependente da dose. Se os leucócitos caírem para menos de 3.000/mm³ é prudente descontinuar o tratamento e administrar antibióticos profilaticamente.
No período de 5 a 10 dias após a administração da dose observa-se o máximo da queda dos leucócitos. A recuperação dos níveis anteriores ao tratamento é geralmente observada 7 a 14 dias após a administração da dose. Esses efeitos serão
exacerbados quando houver danos na medula óssea e também com doses maiores que as recomendadas (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Não se sabe se a presença da droga ou de seus metabólitos no sangue ou nos tecidos interfere nos testes laboratoriais clínicos.
Caquexia ou áreas ulceradas na superfície da pele: quando surgirem, poderá haver uma resposta leucopênica mais acentuada à droga. Pessoas idosas sofrendo uma dessas condições devem evitar o uso de sulfato de vimblastina.
Varicela ou Herpes zoster: risco de doença generalizada grave em pacientes previamente expostos a esses patógenos.
Pacientes com infiltração de células malignas na medula óssea: as contagens de leucócitos e plaquetas nesses pacientes têm algumas vezes caído precipitadamente após doses moderadas de sulfato de vimblastina, sendo desaconselhável o uso posterior do medicamento em tais pacientes.
Disfunção pulmonar pré-existente: pacientes com disfunção pulmonar pré-existente podem estar particularmente suscetíveis às reações adversas pulmonares da vimblastina (ver 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Dispneia aguda e broncoespasmo grave: têm sido relatados após a administração de alcaloides da vinca. Essas reações têm ocorrido mais frequentemente quando o alcaloide da vinca foi usado em combinação com a mitomicina-C e pode requerer tratamento agressivo particularmente se houver disfunção pulmonar pré-existente. O início da reação pode ser dentro de minutos ou várias horas após o alcaloide da vinca ter sido injetado e pode ocorrer até duas semanas após a dose de mitomicina-C. Pode ocorrer dispneia progressiva. Sulfato de vimblastina não deve ser readministrado.
Isquemia cardíaca: recomenda-se cautela na administração de sulfato de vimblastina em pacientes com isquemia cardíaca.
Tratamento anterior com droga citotóxica ou radioterapia: avaliar riscos e benefícios antes de administrar VELBAN® em pacientes que passaram por tratamento com droga citotóxica ou radioterapia.
Aumento de ácido úrico: o tratamento com sulfato de vimblastina pode levar ao desenvolvimento de nefropatia aguda devido ao aumento de ácido úrico. Sendo assim, os níveis de ácido úrico devem ser checados regularmente. Pode-se prevenir a nefropatia úrica através de adequada hidratação e, em alguns casos, administração de alopurinol. A alcalinização da urina pode ser necessária se as concentrações de ácido úrico estiverem elevadas.
Especial atenção com pacientes com gota ou histórico de pedra nos rins, que estão sob maior risco de aumento do ácido úrico.
Olhos: se ocorrer contaminação acidental, pode ocorrer irritação grave (se a droga for liberada sob pressão, pode resultar até em ulceração da córnea). O olho deve ser lavado imediatamente com água.
Boca: os efeitos imunossupressores do sulfato de vimblastina podem resultar em um aumento na incidência de infecções bacterianas, maior tempo para cura e sangramento gengival. Qualquer procedimento dental deve ser completado antes do tratamento ou retomado depois que a contagem sanguínea tenha retornado ao normal. Os pacientes devem ser instruídos para o uso apropriado do fio dental e escova.
O sulfato de vimblastina pode causar estomatite, causando considerável desconforto.
Carcinogênese e mutagênese: tumores são efeitos secundários de muitos agentes antineoplásicos, mas não se sabe ao certo se é devido ao efeito mutagênico da droga ou à ação imunossupressora.
Os efeitos da dose e duração da terapia sobre a carcinogênese/mutagênese também são desconhecidos, apesar do risco aumentar com o uso prolongado.
Não há evidência de que o sulfato de vimblastina seja carcinogênico em seres humanos, desde o início de seu uso clínico
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no final de 1950. Dados disponíveis em ratos e camundongos não demonstraram claramente a evidência de carcinogênese quando os animais foram tratados com a dose máxima tolerada e com a metade desta dose por 6 meses. Esse sistema de teste demonstrou que outros agentes foram evidentemente carcinogênicos, enquanto que o sulfato de vimblastina ficou no grupo de drogas que causaram leve aumento ou a mesma incidência de tumor que o controle em um estudo e 1,5 a 2 vezes a incidência em um outro estudo.
Danos à fertilidade: supressão gonadal, resultando em amenorreia ou azoospermia, tem ocorrido em pacientes recebendo sulfato de vimblastina. Geralmente, esses efeitos parecem estar relacionados com o período e a dose do tratamento e podem ser irreversíveis. Predições da diminuição da função dos testículos e ovários são complicadas devido a utilização de diversos agentes antineoplásicos em um tratamento. Aspermia também tem sido relatada. Estudos em animais demonstraram a parada na metáfase e alterações degenerativas nas células germinativas.

Uso na gravidez: categoria de risco D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
O sulfato de vimblastina só deve ser administrado a mulheres grávidas quando realmente necessário. Mulheres férteis devem ser avisadas para evitar a gravidez. Se esta droga for usada durante a gravidez ou se a paciente engravidar durante o tratamento, deverá ser avisada do risco potencial para o feto.
A informação sobre o uso de sulfato de vimblastina na gravidez é muito limitada. Estudos com sulfato de vimblastina em animais sugerem que podem ocorrer efeitos teratogênicos. O sulfato de vimblastina pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Animais de laboratório que receberam esta droga no início da gravidez sofreram reabsorção do concepto e os fetos sobreviventes demonstraram deformidades marcantes. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.

Uso na lactação: não é conhecido se esta droga é excretada no leite humano. Devido ao fato de muitas drogas serem excretadas no leite humano e do potencial de reações adversas graves causadas pelo sulfato de vimblastina em lactentes, não amamentar.

Uso pediátrico: em estudos realizados até o momento não foram constatados problemas com relação ao uso deste medicamento por crianças. O esquema de dose para crianças está indicado no item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR.

Uso em idosos: apesar de não existirem muitos estudos apropriados sobre a ação do sulfato de vimblastina sobre a população de idosos, a resposta leucopênica pode ser maior em pacientes idosos que sofrem de desnutrição ou úlceras na pele.