Reações adversas betaepoetina

Betaepoetina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Betaepoetina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Betaepoetina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



* Sistema cardiovascular: A reação adversa mais freqüente durante o tratamento com a Betaepoetina é o aumento da pressão sangüínea ou agravamento da hipertensão existente, especialmente em casos de rápido aumento do Htc. Estes aumentos da pressão sangüínea podem ser tratados com medicamentos. Caso os aumentos da pressão sangüínea não possam ser controlados por terapia com medicamentos, recomenda-se a interrupção temporária da terapia com Recormon (Betaepoetina). Especialmente no início da terapia, recomenda-se o monitoramento regular da pressão sangüínea, inclusive entre as diálises. Podem ocorrer crises de hipertensão com sintomas semelhantes à encefalopatia (p. ex.,cefaléiase estado de confusão, disfunção sensorial motora -como distúrbio da fala ou andar cambaleante até convulsões tônico – clônicas), inclusive em pacientes que sempre apresentaram pressão sangüínea normal ou baixa. Isto requer atenção imediata de um médico e cuidados médicos intensivos. Deve ser dedicada especial atenção para o aparecimento repentino de sintomas semelhantes à enxaqueca, como possíveis sinais de advertência. Pacientes com câncer: Ocasionalmente, poderá ocorrer aumento da pressão sangüínea, que pode ser tratada com medicamentos. Portanto, recomenda-se monitorar a pressão sangüínea, especialmente na fase inicial. Ocasionalmente poderá ocorrercefaléia. * Sangue: Poderá ser constatado aumento moderado, dependente da dose, da contagem de plaquetas dentro da faixa normal durante o tratamento com Recormon (Betaepoetina), especialmente após a administração intravenosa. Estas diminuem durante o curso da terapia continuada. O desenvolvimento de trombocitose é muito raro. Recomenda-se que a contagem de plaquetas seja monitorada regulamente durante as primeiras 8 semanas de terapia. Com uma certa freqüência é necessário o aumento da dose de heparina durante a hemodiálise, como resultado do hematócrito aumentado. Pode acontecer oclusão do sistema de diálise, caso a heparinização não seja ótima. Podem ocorrer tromboses nas derivações, especialmente em pacientes que apresentam tendência à hipertensão ou cuja fístula arteriovenosa apresenta complicações (p. ex., estenose, aneurisma). A revisão precoce da derivação e profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo, são recomendadas para esses pacientes. Na maioria dos casos, observa-se a queda dos valores de ferritina sérica simultaneamente com o aumento do hematócrito. Portanto, recomenda-se a substituição de ferro oral de 200 para 300 mg Fe2+ /dia, para todos os pacientes com valores de ferritina sérica inferiores a 100 mg/l ou saturação de transferrina inferior a 20%. Em casos isolados, foram observados aumentos temporários dos níveis séricos de potássio e de fosfato. Esses parâmetros devem ser monitorados regularmente. * Crianças prematuras Na maioria dos casos, observa-se queda dos valores de ferritina sérica. Portanto, o tratamento com ferro oral deve ser iniciado o mais cedo possível (mais tardar, no 14o dia de vida), com 2 mg Fe2+/dia. A dosagem de ferro poderá ser modificada de acordo com o nível de ferritina sérica. Caso a ferritina sérica se encontre abaixo de 100mg/l ou caso se apresentem outros sinais de deficiência de ferro, a administração de Fe2+ deve ser aumentada de 5 para 10 mg Fe2+/dia. A terapia com ferro deve ser continuada até desaparecerem os sinais de deficiência de ferro. Considerando que poderá ser constatado ligeiro aumento da contagem de plaquetas, especialmente até o 12o ou 14o dia de vida, as plaquetas devem ser monitoradas regularmente. Pacientes com câncer Em alguns pacientes, observa-se queda dos parâmetros de ferro sérico. Portanto, recomenda-se a substituição de ferro oral de 200 para 300 mg Fe2+/dia para todos os pacientes com valores de ferritina sérica inferiores a 100mg/l ou saturação de transferrina inferior a 20%. Os estudos clínicos mostraram uma freqüência discretamente mais elevada de eventos tromboembólicos nos pacientes tratados com Recormon (Betaepoetina) comparados aos do grupo controle não tratados ou tratados com placebo. Entretanto não pôde ser estabelecida uma relação causal. Nesses pacientes os benefícios previstos do tratamento com Recormon (Betaepoetina) devem ser pesados contra os possíveis riscos. A contagem de plaquetas deve ser monitorada em intervalos regulares. * Pacientes no programa de pré-doação autóloga * Pode ocorrer um aumento na contagem de plaquetas, freqüentemente dentro da faixa normal. Recomenda-se que a contagem de plaquetas seja determinada no mínimo uma vez por semana. Caso este aumento das plaquetas seja superior a 150 x 109/l ou se a contagem plaquetária ficar acima da faixa normal, o tratamento com Recormon (Betaepoetina) deve ser descontinuado. * Foi relatado que os pacientes em um programa de doação prévia de sangue autólogo apresentaram freqüência ligeiramente maior de eventos tromboembólicos. Porém, não foi possível estabelecer relação causal com o tratamento com Betaepoetina até a normalização dos valores de ferritina. Todavia, se apesar da substituição do ferro oral, desenvolve-se deficiência de ferro (ferritina inferior ou igual a 20mg/l ou saturação de transferrina inferior a 20%), deve ser considerada a administração adicional de ferro por via intravenosa. * Outros eventos adversos Raramente, podem ocorrer reações cutâneas tais como vermelhidão, prurido, urticária ou reações no local da injeção. Em casos isolados, foram relatadas reações anafilactóides. Porém, em estudos clínicos controlados, não foi encontrada incidência aumentada de reações de hipersensibilidade. Em casos isolados, particularmente, ao início do tratamento, sintomas semelhantes aos da gripe (calafrios, febre, cefaléia, mal estar, dor óssea) foram relatados. Estes sintomas foram de intensidade leve a moderada e resolveram dentro do período variando dealgumas horas a alguns dias.