Resultados de eficácia blopress

BLOPRESS com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BLOPRESS têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BLOPRESS devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Hipertensão
O estudo SCOPE (“The Study on Cognition and Prognosis in the Elderly”) foi um estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado, grupo paralelo (maioria tiazídicos), incluiu 4.964 pacientes idosos com hipertensão leve a moderada cujo objetivo foi avaliar se a candesartana acarretava redução nos eventos cardiovasculares, declínio cognitivo e demência. Os autores evidenciaram que em idosos a terapia com candesartana é um pouco mais efetiva que o controle. Ambas as medicações foram bem toleradas.1
Um braço do estudo SCOPE (“The Study on Cognition and Prognosis in the Elderly”) avaliou se candesartana pode reduzir o risco de acidente vascular cerebral em pacientes idosos com hipertensos. O tratamento com candesartana resultou em uma redução significativa RR 42% no curso, em comparação com outros anti-hipertensivos, apesar da pouca diferença na redução da pressão arterial 2.
Estudo duplo-cego comparou o efeito da candesartana versus losartana em pacientes hipertensos ambulatoriais (n=268). Os pacientes foram randomizados para ingerir 8 mg de candesartana ou 50 mg de losartana ou placebo durante um período de 4 semanas mesmo com dose perdida. Os autores concluíram que a redução da pressão arterial com candesartana é dose dependente. Além disso, a candesartana é superior à losartan na redução da PA sistólica e diastólica em pacientes hipertensos ambulatoriais no dia de uma dose perdida. 3
Outro estudo multicêntrico, randomizado, controlado avaliou a ação da cardesartana na homeostase da glicose e perfil lipídico sérico em leve hipertensos comparado com placebo (n=78) com diabetes tipo II, os efeitos da cardesartana (n=83) versus placebo. Os autores evidenciaram que em pacientes com hipertensão leve e diabetes tipo II, a administração de cardesartana, dose 8-16 mg por 12 semanas, não afeta a homeostase da glicose e lipídios. A pressão arterial foi controlada na maioria dos pacientes e a terapia foi bem tolerada. 4

Insuficiência cardíaca
No estudo AIMS foi investigada a eficácia e segurança de candesartana cilexetila adicionada ao tratamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) na prática diária. O estudo AIMS foi um estudo aberto, multicêntrico que avaliou 414 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (NYHA II/III) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) menor ou igual a 40% e níveis plasmáticos de peptídeo natriurético cerebral maiores que 200 pg/mL. Os pacientes foram tratados com a terapia padrão incluindo pelo menos um inibidor da enzima conversora da angiotensina em adição a outra droga para o tratamento do ICC; 91% dos pacientes receberam betabloqueadores.
O “endpoint” primário dos níveis plasmáticos de peptídeo natriurético cerebral foram significamente reduzidos para 25% na 22º semana (de 394 para 295 pg/mL, P < 0,0001 versus placebo).
Dos pacientes tratados com betabloqueadores, 37% obtiveram melhora com relação a classe NYHA II/I na 22º semana (P < 0,0001) e 53,5% dos pacientes na classe NYHA III obtiveram melhora para NYHA II/I na 22º semana (n = 232, P < 0,0001).
Em conclusão, candesartana em adição ao tratamento padrão na prática diária, proporcionou um bom risco/benefício aos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Lithell H, Hansson L, Skoog I, Elmfeldt D, Hofman A, Olofsson B, Trenkwalder P,
Zanchetti A; SCOPE Study Group, et al. “The Study on Cognition and Prognosis in the
Elderly (SCOPE); outcomes in patients not receiving add-on therapy after randomization”: J Hypertens. 2004, 22(8):1605-12.
2. Papademetriou V, Farsang C, Elmfeldt D, Hofman A, Lithell H, Olofsson B, Skoog I,
Trenkwalder P, Zanchetti A, et al. “Study on Cognition and Prognosis in the Elderly study group. Stroke prevention with the angiotensin II type 1-receptor blocker candesartan in elderly patients with isolated systolic hypertension: the Study on Cognition and Prognosis in the Elderly (SCOPE)”. J Am Coll Cardiol. 2004, 15;44(6):1175-80.
3. Lacourcie’re Y, Asmar R, et al. “For the Candesartan/Losartan study investigators A
Comparison of the Efficacy and Duration of Action of Candesartan Cilexetil and Losartan as Assessed by Clinic and Ambulatory Blood Pressure After a Missed Dose, in Truly Hypertensive Patients A Placebo-Controlled, Forced Titration Study”. Am J Hypertens 1999;12:1181–1187.
4. Trenkwalder P, Dahl K, Lehtovirta M, Mulder H, et al. “Antihypertensive treatment with candesartan cilexetil does not affect glucose homeostasis or serum lipid profile in patients with mild hypertension and type II diabetes”. Blood Press. 1998, 7(3):170-5.
5. Mitrovic V, Appel KF, Proskynitopoulos N, Dereli S, Hamm CW, et al. “Effects of candesartan cilexetil add-on treatment in congestive heart failure outpatients in daily practice”: Clin Res Cardiol. 2009; 98 (6): 379-89.