Advertências hemax-eritron

HEMAX-ERITRON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de HEMAX-ERITRON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com HEMAX-ERITRON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Hemax Eritron não deve ser utilizado como substituto de uma transfusão de emergência em pacientes que necessitam de correção imediata de anemia grave.
Este medicamento não está indicado no tratamento da anemia vinculada a outros fatores (déficit de ferro ou ácido fólico, hemólise, hemorragia gastrintestinal) em pacientes em tratamento quimioterápico ou pacientes portadores do vírus HIV.
Também não está indicado em pacientes em tratamento com hormônios, produtos biológicos ou radioterapia sem quimioterapia mielossupressora concomitante.
Hemax Eritron não está indicado em pacientes anêmicos que serão doadores autólogos em procedimentos cirúrgicos eletivos.
Para minimizar o risco de hipertensão arterial, o aumento da taxa de hemoglobina com o tratamento com Hemax Eritron deve ser de aproximadamente 1 g/dL/mês, não devendo exceder a 2 g/dL/mês.
A pressão arterial deve ser adequadamente monitorada e controlada antes e no início do tratamento com Hemax Eritron, prestando-se atenção ao aparecimento de cefaleias não usuais ou mesmo aumento da frequência e intensidade de cefaleias, em razão do risco aumentado de encefalopatia hipertensiva nesses pacientes. Durante o tratamento com Hemax Eritron, pode ser necessário iniciar tratamento anti- hipertensivo ou aumentar a dose do anti-hipertensivo em uso. Caso a pressão não seja controlada, deve-seinterromper o uso de Hemax Eritron.
Pacientes com antecedente de doença cardíaca (doença isquêmica do coração, by-pass coronariana ou insuficiência cardíaca congestiva) apresentam risco aumentado de eventos cardiovasculares graves, de eventos tromboembólicos e maior mortalidade.
Após o início do tratamento, deve-se controlar a hemoglobina ou o hematócrito duas vezes por semana até se atingir o valor desejado (10 a 12 g/dL, ou 30 a 36%, respectivamente). Uma vez atingido este valor, deve-se realizar controles semanais durante quatro semanas para determinar se o valor se manteve estável. A partir deste nível, a determinação deve ser realizada periodicamente. Os níveis de hemoglobina devem ser devidamente monitorados em todos os pacientes tratados com nível de hemoglobina acima do indicado, em razão do aumento do risco de eventos tromboembólicos e casos fatais. Aumentos na hemoglobina maiores que 1 g/dL em duas semanas podem aumentar o risco de eventos cardiológicos e neurológicos, incluindo convulsões, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, exacerbação da hipertensão arterial, oclusão de fístula de hemodiálise e até morte. Recomenda- se a redução da dose, nesses casos.
Assim como para todos os produtos administrados por via parenteral, deve-se observar a ocorrência de eventuais reações alérgicas que podem manifestar-se após a administração de Hemax Eritron. Nos estudos clínicos, foram reportadas reações alérgicas menores e transitórias. Não foram observadas reações anafiláticas ou reações alérgicas sérias com o uso de alfaepoetina.
A segurança e a eficácia do tratamento com epoetina não foi estabelecida em pacientes com doenças hematológicas subjacentes (como, por exemplo, anemia hemolítica, anemia de células falciformes, talassemia e porfiria).
Casos de suspensão do sangramento menstrual têm sido relatados após o início da terapia com eritropoietina.
Hemax Eritron deve ser usado com cautela em pacientes com história de gota ou convulsões.
A alfaepoetina deve ser usada com cautela na presença de epilepsia e insuficiência hepática crônica. Agentes estimulantes de eritropoiese não são necessariamente equivalentes. Deve-se enfatizar aos pacientes que eles não podem mudar de um tipo de agente estimulante da eritropoiese (como Hemax Eritron) para outro agente sem a avaliação e autorização de um médico.

Perda ou diminuição da resposta
Os pacientes que estão recebendo dose de manutenção e apresentam diminuição ou perda da resposta a alfaepoetina devem descartar as seguintes causas:
1.Déficit de ferro;
2.Infecção, inflamação ou neoplasia;
3.Sangue oculto nas fezes;
4.Disfunção da medula óssea por patologia hematológica associada (talassemia, mielodisplasia, etc.);
5.Hemólise;
6.Intoxicação por alumínio;
7.Déficit de vitamina B12 ou ácido fólico;
8.Osteíte fibrosa cística;
9.Aplasia pura de série vermelha;
10.Doença associada à presença de auto anticorpos anti eritropoietina.

Suplemento de ferro
A necessidade de ferro pode aumentar se os depósitos de ferro existentes forem utilizados para a eritropoiese e, em alguns pacientes, pode ser necessária a suplementação de ferro. Em determinados pacientes, a suplementação de ferro por via oral pode ser insuficiente e requerer a administração de ferro por via parenteral.

Dieta
Ao aumentar o hematócrito, observa-se uma melhora no apetite. Por esta razão, a ingestão de alimentos nos pacientes em tratamento com Hemax Eritron habitualmente aumenta. Nestas circunstâncias, deve-se ter cautela com os valores de potássio, já que podem aumentar como consequência da maior ingestão de alimentos.

Cuidados e advertências para populações especiais
Pacientes com insuficiência renal crônica
Em pacientes com insuficiência renal crônica, a concentração de hemoglobina não deve exceder o limite superior ideal recomendado. Níveis de hemoglobina iguais ou superiores a 13 g/dL são associados com maior risco de eventos cardiovasculares graves, acidente vascular cerebral, incluindo morte.
Uma meta-análise, que avaliou 9 estudos clínicos, randomizados e controlados, com 5.143 pacientes tratados com eritropoietina humana recombinante para anemia causada por doença renal crônica, demonstrou um aumento da mortalidade por todas as causas no grupo com maior alvo de hemoglobina (12 a 16 g/dL), em relação ao grupo com menores alvos terapêuticos (9 a 12 g/dL). Estudos com ao menos 100 pacientes e seguimento mínimo de 12 semanas preencheram os critérios de inclusão. Os pacientes receberam alfaepoetina em 8 estudos e betaepoetina em 1 dos estudos. Na análise do modelo de efeito fixo, os pacientes do grupo com maiores alvos terapêuticos de hemoglobina apresentaram risco significativamente maior de todas as causas de mortalidade (RR=1,17; IC 95% 1,01-1,35; p=0,031) e de trombose da fístula arteriovenosa (RR=1,34; IC 95% 1,16-1,54; p=0,0001), em comparação com o grupo com menores alvos terapêuticos de hemoglobina. Não houve heterogeneidade entre os estudos e não houve diferenças entre os grupos em relação à incidência de infarto do miocárdio ou ao controle pressórico pela análise do modelo de efeito ao acaso.
Em outros dois estudos clínicos, os pacientes apresentaram maior risco de mortalidade e eventos cardiovasculares graves quando receberam agentes estimulantes da eritropoiese, objetivando maiores níveis de hemoglobina em comparação a valores menores (13,5 versus 11,3 g/dL; 14 versus 10 g/dL). Recomenda-se individualizar a dose com o objetivo de atingir e manter os níveis de hemoglobina entre 10 a 12 g/dL.
De acordo com os dados atualmente disponíveis, o uso de Hemax Eritron em pacientes em pré-diálise não acelera a progressão da insuficiência renal.
O tratamento com Hemax Eritron provoca aumento do hematócrito com diminuição do volume plasmático que pode afetar a eficácia da diálise. Devem-se realizar ajustes da diálise para impedir o aumento dos níveis de uréia, fósforo, potássio e creatinina.
Em algumas ocasiões, pode ser necessário aumentar a dose de heparina durante a diálise para prevenir a obstrução da fístula.
Em algumas pacientes com insuficiência renal crônica, as menstruações recomeçam após o início do tratamento com Hemax Eritron. Portanto, a possibilidade de ocorrência de gravidez deve ser discutida, avaliando a necessidade de uso de contraceptivos.
Foram observados raros casos de exacerbação da porfiria em pacientes com insuficiência renal crônica. Consequentemente, o uso de Hemax Eritron em pacientes com antecedentes de porfiria deve ser feito com cautela.

Pacientes com câncer
O uso de agentes estimulantes da eritropoiese reduziu a sobrevida global e/ou aumentou o risco de progressão ou recorrência do tumor em estudos clínicos com pacientes com câncer de mama, cabeça e pescoço, linfoide, pulmão (não pequenas células) e cervical.
Para minimizar estes riscos, assim como o risco de eventos cardio e trombovasculares graves, recomenda- se utilizar a menor dose para evitar a transfusão sanguínea. Com o objetivo de minimizar os riscos mencionados, o nível de hemoglobina não deve superar 12 g/dL.
Os riscos devem ser cuidadosamente avaliados em relação aos benefícios do tratamento, particularmente em pacientes com câncer e aumento do risco de eventos vasculares trombóticos, tais como obesidade e antecedente de evento vascular trombótico (como, por exemplo, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar).
Em pacientes com câncer que fazem quimioterapia, deve-se considerar um atraso de 2 a 3 semanas entre a administração de alfaepoetina e o aparecimento da resposta terapêutica induzida pela alfaepoetina ao avaliar se o tratamento com Hemax Eritron é adequado (paciente sob risco de transfusão).
Recomenda-se utilizar Hemax Eritron somente para o tratamento da anemia associada à quimioterapia mielossupressora concomitante e descontinuar seu uso após o término do ciclo de quimioterapia.

Não é recomendado o uso de eritropoietinas em pacientes em tratamento quimioterápico nos quais não se espera a cura.

Pacientes infectados pelo vírus HIV tratados com zidovudina (AZT)
Se os pacientes infectados pelo vírus HIV não apresentarem resposta ou não mantiverem a resposta à alfaepoetina, outras etiologias, incluindo anemia ferropriva, devem ser consideradas e avaliadas.

Uso em idosos
Não existem dados sobre a necessidade de ajuste de dose nessa faixa etária.

Uso em crianças
Embora tenham sido realizados vários estudos em recém-nascidos, lactantes e crianças demonstrando que o produto é eficaz e seguro para a prevenção e o tratamento da anemia, ainda não foi estabelecida a segurança deste produto em longo prazo em pacientes pediátricos com menos de 1 mês de idade com insuficiência renal crônica em diálise, em pacientes com menos de 3 meses de idade com insuficiência renal crônica não-dialíticos e em pacientes com menos de 8 meses de idade com HIV.

Outras populações especiais
A segurança de Hemax Eritron não foi estabelecida em pacientes com disfunção hepática, pois, devido ao reduzido metabolismo, esses pacientes podem apresentar aumento da eritropoiese.
Em pacientes com insuficiência renal crônica e doença cardíaca isquêmica clinicamente evidente ou insuficiência cardíaca congestiva, a porcentagem de manutenção da hemoglobina não deve exceder o limite superior da concentração alvo.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Devido ao maior risco de ocorrência de hipertensão durante a fase inicial do tratamento com Hemax Eritron, os pacientes que apresentam insuficiência renal crônica devem ser cuidadosos ao realizar tarefas, tais como dirigir veículos ou operar máquinas, até que a dose de manutenção adequada seja estabelecida.

Carcinogênese, mutagênese e fertilidade
O potencial carcinogênico de Hemax Eritron não foi avaliado. A alfaepoetina não induz mutações genéticas em bactérias nem aberrações cromossômicas em células de mamíferos. Estudos mostram que “in vitro” a eritropoietina recombinante não estimula a proliferação de células tumorais.
Observou-se uma tendência a um leve aumento de abortos em ratas tratadas com doses de 100 a 500 UI/kg de alfaepoetina por via intravenosa.

Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram riscos para o feto (teratogênico ou embriocida ou outros), mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Não se sabe se a alfaepoetina atravessa a placenta. Não há estudos suficientes sobre o uso de Hemax Eritron durante a gravidez e, por tal motivo, este produto somente deve ser utilizado se o benefício obtido justificar o risco potencial para o feto. Em ratas prenhes que fizeram uso de doses 5 vezes maiores que as doses utilizadas em humanos, observou-se redução do ganho de peso, atraso na abertura palpebral, atraso no processo de ossificação e redução do número de vértebras caudais nos fetos avaliados. Em coelhas tratadas com dose de 500 UI/ng não foram observados eventos adversos.
A eritropoietina humana é um componente normal do leite, embora seu papel no mesmo não esteja claro. Não se sabe se Hemax Eritron é excretado no leite materno, nem se é capaz de alterar a composição e quantidade de leite produzido. Desde que várias drogas são excretadas no leite materno, deve-se ter cautela em mulheres que estão amamentando e recebem Hemax Eritron.

Este medicamento pode causar doping.