Advertências myleran

MYLERAN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de MYLERAN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com MYLERAN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



MYLERAN® É UM AGENTE CITOTÓXICO ATIVO PARA USO APENAS SOB SUPERVISÃO DE MÉDICOS EXPERIENTES NA ADMINISTRAÇÃO DE TAIS AGENTES.
A imunização com vacinas contendo microorganismos vivos tem o potencial de causar infecções em pacientes imunodeficientes.
Desta forma, não é recomendada a imunização com vacinas elaboradas com microorganismos vivos. Myleran® deve ser descontinuado caso se desenvolva toxicidade pulmonar (veja Reações adversas). Geralmente, Myleran® não deve ser administrado em conjunto com radioterapia, nem logo após seu término. Myleran® não é efetivo em casos de transformação blástica. Caso seja necessário administrar anestesia a pacientes com possível toxicidade pulmonar pelo bussulfano, deve-se manter a concentração de oxigênio inspirado tão baixa quanto a segurança permitir e dar atenção especial aos cuidados respiratórios pós-operatórios. Hiperuricemia e/ou hiperuricosúria não são ocorrências incomuns em pacientes com leucemia granulocítica crônica e devem ser corrigidas antes do início do tratamento com Myleran®. Durante o tratamento, o risco de hiperuricemia e de nefropatia por ácido úrico deve ser evitado pela profilaxia adequada, a qual inclui hidratação e uso de alopurinol. Tratamento com doses convencionais Pacientes que estão utilizando concomitantemente itraconazol com doses convencionais de Myleran® devem ser monitorados para sinais de toxicidade pelo bussulfano e semanalmente devem ser realizadas contagens sangüíneas (veja Interações Medicamentosas).
Tratamento com altas doses
Se forem prescritas altas doses de Myleran®, os pacientes devem fazer profilaticamente tratamento anticonvulsivante, de preferência com benzodiazepínicos, ao invés de fenitoína (veja Reações Adversas e Interações Medicamentosas). A administração concomitante de itraconazol ou metronidazol com altas doses de Myleran® está associada ao aumento do risco de toxicidade pelo bussulfano (veja Interações Medicamentosas). A co-administração de metronidazol e Myleran® não é recomendada. A co-administração de itraconazol com altas doses de Myleran® deve ser baseada na avaliação risco/benefício. Houve uma redução da incidência de doença hepática veno-oclusiva e de outras toxicidades dosedependentes em pacientes tratados com altas doses de Myleran® e ciclofosfamida quando a primeira dose de ciclofosfamida foi dada com mais de 24 horas após a última dose de Myleran®. Monitoramento Deve ser dada atenção à contagem sangüínea durante o tratamento, para evitar a possibilidade de mielossupressão excessiva e o risco de aplasia irreversível da medula óssea (veja Reações Adversas). Mutagenicidade Foram observadas várias aberrações cromossômicas em células de pacientes que estavam tomando Myleran®. Carcinogenicidade Com base em testes de curta duração, Myleran® foi classificado como potencialmente carcinogênico pelo IARC (Agência Internacional em Pesquisa do Câncer).
A Organização Mundial de Saúde conclui que há uma relação causal entre a exposição a Myleran® e o câncer. Foi observada displasia epitelial disseminada em pacientes tratados com Myleran® por longos períodos, com algumas das alterações assemelhando-se a lesões pré-cancerosas. Alguns tumores malignos foram relatados em pacientes que haviam recebido tratamento com Myleran®. Há evidências crescentes de que Myleran®, juntamente com outros agentes alquilantes, seja leucemogênico. Em um estudo prospectivo controlado, no qual Myleran® foi administrado por dois anos como adjuvante à cirurgia para câncer de pulmão, o acompanhamento a longo prazo mostrou um aumento da incidência de leucemia aguda quando comparado ao grupo tratado com placebo. A incidência de tumores sólidos não aumentou.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.