Reações adversas myleran

MYLERAN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de MYLERAN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com MYLERAN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Não existem dados clínicos recentes que possam ser usados para determinar a freqüência das reações adversas. A incidência de reações adversas pode variar de acordo com a dose administrada e com o uso concomitante de outros agentes terapêuticos. As freqüências foram definidas como: muito comuns (≥1/10), comuns (≥1/10,<1/100), incomuns (≥ 1/100,<1/1000), raras (≥1/1000,<1/10000 ), muito raras (<1/10000). GDS 12 IPI 02 Página 7 de 11
Neoplasias benignas, malignas e inespecíficas (incluindo cistos e pólipos)
Comum: leucemia aguda secundária (veja Precauções e Advertências; Carcinogenicidade).
Manifestações sangüíneas e do sistema linfático
Muito comuns: depressão dose-dependente da medula óssea, manifestada como leucopenia e particularmente como trombocitopenia. Raras: anemia aplástica, algumas vezes irreversível, tipicamente após doses convencionais durante longos períodos e também com altas doses de Myleran®.
Manifestações do sistema nervoso
Raras: convulsões em altas doses (veja Interações Medicamentosas e Precauções e Advertências). Muito raras: miastenia gravis.
Manifestações oculares
Raras: alterações oculares e catarata, que podem ser bilaterais, adelgaçamento da córnea em pacientes submetidos a transplante de medula óssea precedido por altas doses de Myleran®.
Manifestações cardíacas
Comuns: tamponamento cardíaco em pacientes com talassemia recebendo altas doses de Myleran®.
Manifestações respiratórias, torácicas e mediastinais
Muito comuns:
Síndrome de pneumonia idiopática após o uso de altas doses.
Comuns: pneumonite intersticial após o uso de doses convencionais por períodos prolongados. A toxicidade pulmonar após o tratamento com altas doses ou doses convencionais é tipicamente representada por tosse seca inespecífica, dispnéia e hipóxia, com evidência de função pulmonar anormal. Outros agentes citotóxicos podem levar à exarcerbação dos efeitos tóxicos pulmonares (veja Interações Medicamentosas). Lesões pulmonares sub-clínicas causadas pelo Myleran® podem piorar após radioterapia. Uma vez que a toxicidade pulmonar ocorre, o prognóstico é reservado mesmo com a suspensão do Myleran®, sendo que há pouca evidência de que o uso de corticosteróides seja útil nesse caso.
Síndrome de pneumonia idiopática é uma pneumonia difusa não-infecciosa que usualmente ocorre nos primeiros três meses de tratamento condicionante com altas doses de Myleran® antes de transplante de medula óssea autólogo ou alogenético. Hemorragia alveolar difusa também pode ser detectada por lavado brônquico em alguns casos.
A radiografia do tórax ou tomografia computadorizada revelam infiltrados inespecíficos focais ou difusos e a biópsia pulmonar mostra pneumonite intersticial, danos alveolares difusos e algumas vezes fibrose. A pneumonite intersticial pode ocorrer após o uso de doses convencionais por períodos prolongados e pode levar tardiamente (até anos depois) à fibrose pulmonar. O início geralmente é insidioso, mas pode também ser agudo. Características histológicas incluem alterações atípicas do epitélio alveolar e bronquiolar e a presença de células gigantes com grandes núcleos hipercromáticos. A doença pulmonar pode ser complicada por infecções sucessivas. Há relatos de calcificações pulmonares distróficas e de ossificação pulmonar.
Manifestações gastrintestinais
Muito comuns: efeitos gastrintestinais como náusea e vômito, diarréia e ulceração oral com altas doses. Raras: efeitos gastrintestinais como náusea e vômito, diarréia e ulceração oral com doses convencionais. Esses efeitos podem ser atenuados com o uso de doses divididas.
Manifestações hepatobiliares
Muito comuns: hiperbilirrubinemia, icterícia, anemia, doença hepática veno-oclusiva (veja Precauções e Advertências e Interações Medicamentosas) e, em altas doses, fibrose sinusoidal centrolobular com atrofia hepatocelular e necrose. Raras: em doses convencionais, icterícia colestática e anormalidades na função hepática. Fibrose sinusoidal centrolobular.
Myleran® não é geralmente considerado significativamente hepatotóxico em doses terapêuticas normais. No entanto, uma revisão retrospectiva de relatórios post mortem mostrou evidências de fibrose sinusoidal centrolobular em pacientes que haviam sido tratados com baixas doses de Myleran® por pelo menos dois anos para leucemia granulocítica crônica.
Manifestações da pele e do tecido subcutâneo
Comuns: alopécia em altas doses e hiperpigmentação (veja Manifestações gerais). Raras: alopécia em doses convencionais, reações da pele incluindo urticária, eritema multiforme, eritema nodoso, porfiria cutânea tardia, rash semelhante ao causado por alopurinol, ressecamento e fragilidade excessiva da pele associado à anidrose, ressecamento das mucosas e queilose e Síndrome de Sjögren. Aumento do efeito da radiação na pele de pacientes recebendo radioterapia logo após altas doses de Myleran®.
A hiperpigmentação ocorre particularmente em pacientes com tom de pele mais escuro. Isto é mais comum no pescoço, parte superior do tronco, mamilo, abdômen e rugas palmares. Essas alterações também podem ocorrer como parte de uma síndrome clínica (veja Manifestações gerais).
Manifestações renais e urinárias
Comuns: cistite hemorrágica, em altas doses combinadas à ciclofosfamida. Manifestações dos sistemas reprodutivo e mama
Muito comuns: supressão ovariana e amenorréia com sintomas de menopausa, com altas doses em pacientes na pré-menopausa; falência ovariana grave e persistente, incluindo incapacidade para alcançar a puberdade, após administração de altas doses em meninas jovens e pré-adolescentes. Esterilidade, azoospermia e atrofia testicular em pacientes homens recebendo Myleran®. Incomuns: supressão ovariana e amenorréia com sintomas de menopausa em pacientes na prémenopausa utilizando doses convencionais. Em casos muito raros, houve recuperação da função ovariana mesmo com tratamento continuado. Muito rara: ginecomastia. Estudos em animais tratados com bussulfano mostraram toxicidade reprodutiva.
Manifestações gerais
Muito raras: síndrome clínica* (caracterizada por fraqueza, muito cansaço, anorexia, perda de peso, náusea, vômito e hiperpigmentação da pele) assemelhando-se à insuficiência adrenal (doença de Addison), porém sem evidências bioquímicas de supressão adrenal, hiperpigmentação de mucosas e perda de cabelo (veja Manifestações da pele e do tecido subcutâneo). * Esta síndrome foi observada em poucos casos após o tratamento prolongado com Myleran® e remitiu, ocasionalmente, com a suspensão do tratamento. Raras: displasia epitelial generalizada. Muitas alterações histológicas e citológicas foram observadas em pacientes tratados com Myleran®, incluindo displasia generalizada cervical uterina, brônquica e de outros epitélios. Muitos relatos estão relacionados ao tratamento de longo prazo, porém anormalidades epiteliais transitórias foram observadas após tratamento de curta duração com altas doses.