Características farmacológicas thyrogen

THYROGEN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de THYROGEN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com THYROGEN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Farmacodinâmica
THYROGEN possui propriedades bioquímicas comparáveis ao TSH pituitário humano. A ligação de alfatirotropina aos receptores de TSH nas células epiteliais normais da tireóide ou em tecido de câncer de tireóide bem diferenciado estimula a absorção e organificação de iodo e a síntese e secreção de tireoglobulina (Tg), triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
Nos pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado, a tireoidectomia total ou subtotal é realizada, geralmente, seguida por terapia de reposição ou terapia de supressão da tiroxina. A maioria dos pacientes recebe também tratamento com iodo radioativo para ablação do tecido residual remanescente (resíduos de tireóide). O iodo radioativo deve ser administrado quando o nível sérico de TSH está elevado, de forma que o tecido tireoidiano capte o iodo. Anteriormente, a elevação do nível sérico de TSH era obtida pela retirada ou interrupção da tiroxina, de forma que os pacientes se tornavam hipotireóideos. Com THYROGEN, os pacientes continuam recebendo tiroxina e permanecem eutireóideos e, desta forma, evitam os sintomas de hipotireoidismo.
A depuração diminuída do iodo, especificamente 131I, em pacientes hipotireóideos, quando comparado a pacientes eutireóideos, está bem documentada. Hlad e Bricker (1954) demonstraram uma correlação direta entre um decréscimo na taxa de filtração glomerular e decréscimos da depuração de 131I. Montenegro et al (1996) estudaram a função renal avaliada pela depuração da creatinina em 41 pacientes. Os resultados demonstraram um decréscimo de 50% na depuração da creatinina (CrCl) quando os pacientes estavam hipotireóideos versus eutireóideos (90 3 mL/min versus 62 4 mL/min p < 0,05). Em estudos clínicos com THYROGEN, a depuração diminuída de 131I durante o estado hipotireóideo complicou as comparações entre a captação de 131I observado no leito da tireóide, quando os pacientes estavam eutireóideos após a administração de THYROGEN , versus a captação enquanto os pacientes estavam em estado hipotireóideo.

Farmacocinética
A farmacocinética de THYROGEN foi estudada em 16 pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado após uma única injeção intramuscular de 0,9 mg. Após a injeção, o nível de pico médio (Cmáx) obtido foi 116
±38 mU/L e ocorreu aproximadamente 13 ± 8 horas após a administração. A meia-vida de eliminação foi 22
±9 horas. Os órgãos de depuração de TSH no homem não foram identificados, mas estudos de TSH derivado da pituitária sugerem o envolvimento do fígado e rins.
Em dois estudos clínicos de Fase 3, foram medidos os níveis de TSH. Em um estudo, os níveis séricos médios de TSH foram 101 ± 60 mU/L e 132 ± 89 mU/L, 24 horas após a primeira e segunda doses, respectivamente, e 16 ± 12 mU/L, 72 horas após a segunda dose de THYROGEN 0,9 mg IM. O TSH basal foi 0,2 ± 0,3 mU/L antes da administração de THYROGEN. No segundo estudo de Fase 3, THYROGEN 0,9 mg foi administrado a cada 24 horas, em duas doses (regime de 2 doses) ou 0,9 mg a cada 72 horas para três doses (regime de 3 doses). O nível sérico máximo de TSH foi 124 ± 59 mU/L, 24 horas após a segunda dose no regime de 2 doses (nível basal 0,08 ± 0,17 mU/L). Os níveis de TSH permaneceram acima de 25 mU/L por aproximadamente quatro dias. O nível sérico máximo de TSH foi 102 ± 44 mU/L, 24 horas após a dose final no regime de 3 doses (nível basal 0,10 ± 0,13 mU/L). Os níveis de TSH foram =>25 mU/L por aproximadamente nove dias.